Capital

Mecânico que manteve mulher de SC em cárcere é liberado com tornozeleira

Há oito meses, a vítima saiu de Florianópolis para viver com o agressor no Mato Grosso do Sul

Geisy Garnes e Bruna Marques | 03/08/2021 10:34
Arma apreendida com o suspeito. (Foto: Arquivo)
Arma apreendida com o suspeito. (Foto: Arquivo)

O mecânico de 38 anos preso no sábado (31) por ameaçar e manter a companheira em cárcere privado no Bairro Chácara das Mansões, em Campo Grande, foi liberado após receber tornozeleira eletrônica. Há oito meses, a vítima saiu de Santa Catarina para viver com o agressor no Mato Grosso do Sul, mas foi forçada a ficar dentro de casa quando tentou terminar o relacionamento e voltar à sua cidade.

Segundo apurado pela reportagem, o mecânico ganhou a liberdade após passar por audiência de custódia. Para ser solto, recebeu a tornozeleira eletrônica, que ajudará a monitorar o réu durante as investigações do crime de violência doméstica. O caso descoberto no sábado e é apurado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Em depoimento, a vítima relatou a polícia que há oito meses mora com o mecânico. Ela se mudou de Florianópolis para viver com o companheiro em Sidrolândia e há dois meses, veio com ele para Campo Grande. O relacionamento, no entanto, não estava dando certo e mais de uma vez, ela pediu ajuda dele para voltar a Santa Catarina.

Segundo o relato, o mecânico sempre negava comprar a passagem para ela. No dia 31 de julho, durante uma nova discussão, o suspeito xingou e ameaçou "acabar com a raça" da mulher, além disso, impediu que saísse de casa. Após algum tempo presa na residência, ela viu em momento de descuido do companheiro, a oportunidade de fugir e ligar para a polícia. Equipes do 10° Batalhão da Polícia Militar de Campo Grande foram ao endereço e prenderam o auto com uma arma calibre .22. 

Na delegacia, a mulher contou que todas as vezes que bebia, o namorado colocava a arma na cintura para intimidá-la. Não há informações se a vítima conseguiu retornar a Santa Catarina após a prisão do mecânico, mas no dia do crime, o chefe do suspeito se ofereceu para pagar a passagem da mulher de volta à Florianópolis.

Enquanto isso, o mecânico responde aos crimes de ameaça, sequestro e cárcere privado e posse irregular de arma de fogo em liberdade. 

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