Capital

Maternidade Cândido Mariano diz que fará esforço para honrar contratos de UTIs

Por mês, a Maternidade Cândido Mariano recebe R$ 1,5 milhão do município, do qual apenas R$ 18 mil é para a UTI Neonatal

Lucia Morel | 12/06/2020 16:58
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Maternidade Cândido Mariano garante que está negociando com a Prefeitura de Campo Grande, através da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) novos valores para a manutenção do serviço de UTI e garante que não existe interesse fechar leitos no hospital.

Em nota, a maternidade informou que o contrato específico dos 10 leitos vence em 30 de junho, e que “embora a instituição se encontre em uma situação extremamente deficitária, fará esforço para honrar o contrato até o final”.

O hospital disse que vai, inclusive, arcar com “o desembolso necessário para complementar a escala da UTI Neonatal (Unidade 1)” e que “a diretoria da Maternidade Cândido Mariano e o gestor municipal estão em negociação e que não é interesse de nenhum dos dois fecharem a UTI Neonatal”.

O contrato garante repasse de R$ 19.090.445,57 ao ano para a Maternidade Cândido Mariano. Mas não são suficientes para manter os dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal funcionando. Por mês, o repasse municipal, estadual e federal é de R$ 1.590.870,46, segundo o Portal da Transparência do município, mas somente R$ 18 mil são destinados à manutenção desses leitos.

O Campo Grande News mostrou hoje que há risco de 10 leitos de UTI neonatal da maternidade fecharem devido o alto custo de manutenção deles, que dão prejuízo mensal de pelo menos R$ 400 mil ao hospital, segundo a médica Maria Claudia Mourão Santos Rossetti, responsável técnica pela UTI da maternidade. 

Pelos dados do portal, por mês, o repasse municipal para manutenção desses 10 leitos é de apenas R$ 18 mil. Nem a maternidade nem a Sesau informaram quanto é necessário aportar para que esses leitos não fechem, mas ambas sinalizaram que estão negociando.

Atualmente, a prefeitura está devendo R$ 558.928,57 à unidade hospital, segundo a Transparência. O valor corresponde ao que a administração da Capital ainda não repassou até o mês de maio.

Fonte: Portal da Transparência



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