Capital

Matagal na região de posto de saúde do Tiradentes chega aos 2,5 metros

Paulo Francis | 16/06/2013 09:23
Terreno localizado nos fundos da USB está tomado pelo mato (Foto: Marcos Ermínio)
Terreno localizado nos fundos da USB está tomado pelo mato (Foto: Marcos Ermínio)
Moradores têm que andar no meio da rua para desviar do mato (Foto: Marcos Ermínio)

Moradores da região da UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Tiradentes esperam há mais de três meses por limpeza nos terrenos tomados pelo mato e que colocam a saúde de quem mora na região em risco. Segundo eles, foram registradas diversas denúncias junto à Prefeitura de Campo Grande, no entanto, até o momento, nenhuma providência foi tomada. Eles querem a limpeza ou, no mínimo, multa aos proprietários.

Na Avenida Coronel Ulisses de Lima, rua dos fundos ao Posto de Saúde, há três áreas sem limpeza. Em um deles, o mato chega a quase 2,5 metros. “Meu patrão já mandou limpar ao redor do muro por diversas vezes com medo de alguém colocar fogo e pegar na casa dele. Ele ainda teve que pagar do próprio bolso, pois ninguém nem sabe quem é o dono desse terreno”, afirma a empregada doméstica que trabalha ao lado do terreno baldio, Rose Barbosa, 43 anos.

Além de trazer ricos à saúde, o abandono das áreas reduz a sensação de segurança dos moradores e acaba prejudicando negócios. Três casas foram construídas em frente ao matagal e ainda não têm previsão de venda,  explica o corretor de imóveis, Bruno Menezes, 28 anos.

“Com certeza o mato é um ponto muito negativo para realização da venda do imóvel, ainda mais se for para alguma mulher sozinha, ou que sempre chega sozinha em casa. Apesar de a rua ser próxima a avenida, ela é bem parada durante a noite e o matagal pode servir de abrigo para bandidos”, afirmou o profissional de vendas.

Na rua lateral à UBS, o cenário de abandono se estende, mas com um agravante: A falta de cuidado com os terrenos faz com que as pessoas joguem lixo nas áreas. O entulho bloqueia a passagem das calçadas e a situação piora para os idosos.

A aposentada Alaíde Vieira Barros, 74 anos, tem que andar no meio da rua quando vai ao médico. A cena ocorreu justamente na hora em que a equipe de reportagem do Campo Grande News estava no local. “Nessa região aqui, por onde agente anda é só sujeira. A obrigação é dos donos deixar seu terreno limpo, e se não limparem a prefeitura deveria aplicar uma multa bem cara a esses proprietários, aí eu quero ver eles não limparem mais”, opinou.

Dona Cristina Rodrigues, 70 anos, mora ao lado do terreno e diz que já solicitou providências à prefeitura diversas vezes, porém, sem sucesso. “Eu acho péssimo esse mato do lado da minha casa, é muito lixo, ladrões se escondem aí dentro e além de tudo pessoas ateiam fogo no local. Uma vez pegou fogo e o corpo de bombeiros nem apareceu. E se pega na minha casa?” questionou a aposentada.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, as áreas são particulares, por isso cabe aos proprietários a limpeza. 

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