Capital

Marquinhos anuncia reunião com médicos na quinta, mas evita falar de proposta

Paulo Nonato de Souza e Mayara Bueno | 28/06/2017 10:33
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD).
 (Foto: Assessoria PMCG).
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). (Foto: Assessoria PMCG).

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), anunciou para amanhã, 29, uma nova rodada de negociação com lideranças do Sinmed (Sindicato do Médicos de Mato Grosso do Sul) para tentar acabar com a greve da categoria por reajuste salarial.

Será o terceiro encontro entre as partes em uma discussão que já se arrasta por dois meses. Nesta quarta-feira, 28, o prefeito disse que a categoria pede aumento de 27,5% direto no salário, e que a prefeitura não tem condições de arcar, mas evitou falar se amanhã apresentará uma proposta aos medicos.

“Vai ser uma reunião para mostrar as condições econômicas da prefeitura, e pedir bom senso aos médicos para que retornem ao trabalho, uma vez que os salários estão em dia e no momento não temos condições de arcar com o que eles estão pedindo”, declarou Marquinhos Trad sem adiantar qualquer proposta apesar da insistência da imprensa.

Segundo o prefeito, dois pontos importantes estão dificultando o acordo entre as partes. “Primeiro, um reajuste de 27,5% ultrapassaria o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) sobre o pagamento de funcionários públicos, e segundo porque a prefeitura não tem condição. Além disso, temos que pensar também nas demais categorias”, frisou Marquinhos Trad.

Histórico – No dia 20 deste mês, os médicos da prefeitura anunciaram que entrariam em greve caso não conseguissem um acordo com a administração municipal. A categoria já rejeitou duas propostas de reajuste e segue sem aumento de salário. A segunda proposta da prefeitura foi de 6% de acréscimo no valor dos plantões e 30% na gratificação por desempenho.

Os médicos alegam que o valor pedido corresponde à correção da inflação dos últimos três anos. No detalhamento dessa proposta, apresentada, a categoria considerou a inflação de 22,94% de 1º de maio de 2014 a 29 de fevereiro deste ano, mais a inflação prevista para 2017, que é 4,15%.

Na última sexta-feira, 23, o juiz José Eduardo Neder Meneghelli, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, determinou a suspensão da greve, que ainda nem havia começado. Para pedir que a Justiça impedisse a paralisação, a prefeitura alegou que não foram esgotadas todas as negociações e que os salários dos profissionais estão em dia. Na tarde de segunda-feira, 26, o SinMed recorreu da decisão, alegando que só o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) tem competência para julgar a causa.

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