Capital

“Era ônibus maior que essa casa e Ysaac embaixo dele”, diz vizinha sobre morte

De bicicleta, menino foi atingido por ônibus intermunicipal, no Danúbio Azul

Por Silvia Frias e Idaicy Solano | 15/03/2024 09:45
Acácia é vizinha da família e lamentou a morte do menino, conhecido na rua (Foto: Marcos Maluf)
Acácia é vizinha da família e lamentou a morte do menino, conhecido na rua (Foto: Marcos Maluf)

“Mamãe, o Ysaac atropelou”. O aviso assustado do filho fez a dona de casa Acácia da Conceição Silva, 34 anos, correr por três quadras até chegar onde o amiguinho dele havia se acidentado. Inicialmente, achou que ele havia caído de bicicleta e se machucado, mas o que viu a fez recuar. “Era um ônibus maior que essa casa aqui e o Ysaac embaixo dele”.

O acidente aconteceu na noite de ontem, na rua West Point, no Danúbio Azul. Hoje, vizinhos estavam reunidos na rua onde a família do garoto mora, à espera de notícias do velório. 

No grupo, estava Acácia que, a poucos metros da casa de Ysaac, contou à reportagem que, pouco antes do acidente, o menino havia passado na casa dela, para chamar o amigo, também de 10 anos. Acácia acredita que eles estavam indo na casa de outro colega, que mora perto do local do acidente.

Casa da criança fechada esta manhã, no Danúbio Azul (Foto: Marcos Maluf)

Nas imagens, é possível ver que o garoto, de bicicleta, que atravessa a preferencial e acaba sendo atingido por ônibus intermunicipal. Logo atrás, é possível ver outro menino que consegue fazer a curva e passa ao lado do veículo.

Depois disso, o filho de Acácia volta para casa e dá o alerta à mãe. Ao ver a cena do acidente, a dona de casa voltou para pedir ajuda, encontrando outro vizinho. “Ele viu meu apavoramento, pegou o filho dele, montou no carro e foi lá, mas também não tinha nada que a gente pudesse fazer”. Quem estava no ônibus também acionou socorro.

O garoto foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Nova Bahia, com traumatismo craniano, em estado grave. Morreu no atendimento.

Acácia conta que Ysaac morava com a mãe e a avó na casa. O pai, segundo ela, estaria em tratamento médico, longe. O garoto era conhecido da vizinhança, assim como outros garotos que sempre brincavam juntos. Ele estudava na escola municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad. 

“Um menino bonzinho e educado, é momento difícil, porque filho é filho, por mais que não seja filho da gente, dói muito, estou de coração partido, cada um era um pouco pai, mãe e avó e, os nossos filhos, irmãos”.

Esta manhã, a família ainda estava no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para os trâmites da liberação do corpo.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no