Capital

Mais de 23 milhões de mosquitos wolbachia já foram soltos na Capital

Biofábrica completou um ano e já mobilizou 200 mil pessoas na soltura dos insetos

Ana Oshiro | 24/11/2021 10:05
Larvas de mosquito wolbachia sendo produzidas na biofábrica de Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Larvas de mosquito wolbachia sendo produzidas na biofábrica de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

A Biofábrica instalada na sede do Lacen/MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul), completou um ano nesta terça-feira (23), desde que entrou em operação já produziu 23 milhões de mosquitos com a bactéria wolbachia – usados para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya. Até o momento, 32 bairros de Campo Grande já foram atendidos nas três fases e já mobilizou 200 mil pessoas com engajamento ao programa.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, os resultados do Método Wolbachia são extremamente animadores e representam um verdadeiro alívio para Mato Grosso do Sul, que sofre há muitos anos com a dengue. “Estamos entusiasmados com os resultados deste projeto. Assim, queremos evoluir e expandir esta iniciativa para outras cidades do Estado”.

Para o gestor da WMP/Fiocruz no Brasil, Gabriel Sylvestre, o wolbito se estabeleceu de forma positiva em Campo Grande. “Após a soltura, a gente espera que o wolbito se estabeleça, cruze e tenha filhotes com a Wolbachia. Assim, constatamos que há bairros com excelentes resultados, com índice de 60%. Isto significa que temos uma sustentabilidade em campo, fator responsável pelo sucesso do projeto. O engajamento da população em relação ao projeto também foi muito positiva”.

Mosquitos com bactéria wolbachia sendo soltos em bairro da Capital. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

É importante ressaltar que os mosquitos (wolbitos) não foram liberados de uma vez. Em cinco meses de trabalho intenso, uma vez por semana, os agentes de saúde liberam entre 100 a 150 mosquitos por 16 a 20 semanas. “Cada fase do programa compreende cerca de 7 mil pontos de soltura por semana”, explica Gabriel Sylvestre.

Outra iniciativa do programa é a liberação de wolbitos através de dispositivos de liberação (DLO) de ovos, a “Casa do Wolbito”. Este método é empregado pelo World Mosquito Program acontece nas Moreninhas. A “Casa do Wolbito” é um recipiente plástico contendo água e uma cápsula que já vem pronta do Rio de Janeiro com ovos de wolbitos e ração para as larvas. Esses dispositivos serão instalados em espaços públicos da região. Neste recipiente, os wolbitos se desenvolvem, passam por todos os estágios larvais até atingirem a forma adulta alada e saírem voando para proteger a região da dengue, zika e chikungunya.

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