Capital

Mãe pede ajuda para tirar filha de 12 anos de grupo de sexo

Viviane Oliveira | 23/08/2011 09:00

Os adolescentes fazem parte de um grupo chamado “Congresso do Bulimento". Integrantes têm até uniforme do 'clube'

Garoto exibe a camiseta do grupo. (Foto: João Garrigó)
Garoto exibe a camiseta do grupo. (Foto: João Garrigó)

Mãe de três filhas, de 16, 12 e dois anos, a manicure Zilma Costa Barreto, 30, vive um drama há oito meses. A menina de 12 seria freqüentadora de uma lugar conhecido como a casa do sexo. Zilma diz ter denunciado o fato à polícia. No endereço indicado pela mãe - rua Dona Albertina Rosa , no residencial Iracy Coelho, em Campo Grande, a suposta organização de adolescentes já teria sido desfeita.

Segundo Zilma, o grupo é conhecido como “Congresso do Bulimento”. Seu líder seria um menino de 16 anos. “O garoto mora com a mãe que trabalha o dia todo e só chega à noite. Ele aproveita está situação para usar a casa como ponto de encontros entre os adolescentes”, afirma Zilma.

Ela diz que os adolescentes estudam em uma escola estadual no bairro e ‘matam aula’ para se encontrarem. Junto da mãe, a adolescente conta que o convite é feito de boca em boca dentro da escola. A menina confirma já fez sexo uma vez na casa.

“Sexta-feira (20) eu fui lá atrás da minha filha. A casa estava cheia de garotas que dançavam só de peças intimas para os meninos”, afirma Zilma. Ela conta que a idade deles é entre 12 a 17 anos.

Um vizinho de 59 anos, que não quis se identificar, disse que a casa é um entra e sai de adolescentes. Eles chegam com uniformes da escola, diz, calculando entre 10 a 15 meninos e meninas. “Tem dia que tem som alto, aqui na frente eles se beijam e se abraçam, mas o comentário é que ai dentro rola sexo”.

O vizinho comenta que a situação incomoda, os garotos fazem muita bagunça e que já flagrou um deles com copo de bebida alcoólica.

Para a professora aposentada, Nilda de Lima Martins, 61 anos, os adolescentes não praticam sexo, eles só querem se divertir. Ela mora ao lado da casa, e disse que é responsável por cuidar do garoto enquanto a mãe está fora.

Mãe disse que vai tirar a garota da escola, porque não sabe mais o que fazer. (Foto João Garrigó)

Segundo Nilda, o menino é bom e tranquilo. “Eles matam aula para vir pular, brincar, jogar bola. Eu dou conselho para eles não fazerem isso, mas não adianta.

Segundo os vizinhos, a polícia já foi acionada três vezes pelos pais dos alunos, mas não adiantou nada.

“Eu acho que esses pais deveriam ter um diálogo com essas crianças, o menino não tem culpa, ele não obriga ninguém a vir aqui”, explica Nilda.

Procurado pelo Campo Grande News, o garoto confirma que a casa era usada como ponto de encontro para sexo, mas que hoje o grupo não existe mais. Ele afirma que no lugar não entrava bebidas alcoólicas e nem drogas, apenas rolava sexo.

O menino relata que era líder do congresso do bulimento, mostra até camisetas que eles mandaram fazer com nome e frases do grupo. “Cada um tinha um apelido, o meu mesmo era Til Rei”.

Conforme o garoto ganhou essa alcunha porque ficou com um número maior de meninas. Ele disse que nunca obrigou ninguém a frequentar a casa. “Vem quem quer”, finaliza.

Segundo a conselheira Cassandra Szuberski, o Conselho Tutelar ainda não tinha conhecimento dos fatos. Segundo ela, vai investigar se a denúncia é procedente ou não.

Se for constatado, os pais e a escola serão acionados. Conforme a conselheira o caso é grave. “A instituição tem obrigação de saber se os alunos estão presentes ou não e avisar os pais.”

Ameaça - Zilma registrou um boletim de ocorrência contra o adolescente. Segundo ela, foi ameaçada pelo garoto o dia que foi na casa dele procurar por sua filha.

A manicure conta que atualmente vive com um homem que não é pai das duas meninas mais velhas. Conforme ela, o ex-esposo disse que ela é culpada por tudo isso que está acontecendo com a garota.

Nos siga no