Capital

Maconha é lembrada na Marcha da Liberdade, mas não o foco na Capital

Angela Kempfer e Paula Macilevícius | 18/06/2011 10:15
Foto (Marcelo Victor)
Foto (Marcelo Victor)

Antes da Marcha da Liberdade começar, as cores em bandeiras durante a concentração na praça Ary Coelho deixam claro os motivos da manifestação.

O grupo que pede a paz em Campo Grande levou o branco para o protesto . O verde e amarelo lembram o patriotismo contra a corrupção e critica o Código Florestal aprovado na Câmara, já o colorido do arco-íris é a manifestação contra a homofobia.

De bandeira até cartazes contra a violência no trânsito, o protesto nacional, hoje em 40 cidade, que começou depois de São Paulo proibir a Marcha da Maconha, em Campo Grande tem uma infinidade de motivos.

A questão indígena é lembrada, assim como os assassinatos recentes da estudante Marielly Barbosa e do segurança Jefferson Bruno Escobar.

Mas o assunto drogas também aparece, timidamente, em uma camiseta ou cartaz. “Para acabar com o tráfico, legalize”, expressa um dos participantes na frase escrita a mão.

“Nós queremos é a atualização da política antidrogas”, diz o estudante Orlando Pires Júnior.

Sempre se lembram da Holanda, onde o uso da maconha, por exemplo, é regulamentado. “E nem por isso aumentou o uso”, garante.

“Nós queremos é a atualização da política antidrogas”, diz o estudante Orlando Pires Júnior. Foto (Marcelo Victor)
Manifestante vestido de anjo pede paz.Foto (Marcelo Victor)

Os artistas, com pernas de pau pela praça, pedem mais recursos para a cultura. A distribuição de balões lilás lembra a importância da mulher. Mas tudo, segundo os organizadores, tem uma única finalidade: pregar a liberdade de expressão.

O microfone está aberto para qualquer um falar o que quiser. “Até pedir para mudar a música, por exemplo”, explica um dos organizadores, Eduardo Araújo.

O grupo sairá daqui a pouco pela 15 de Novembro, até a 14 de Julho, depois pela Barão do Rio Branco e de volta à Praça Ary Coelho.

A maior parte do público é jovem. Houve muita divulgação nas redes sociais, onde 1,5 mil confirmaram presença. A praça ainda não está lotada, mas muita gente chega a Ary Coelho.

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