Capital

"Lobo em pele de cordeiro", diz irmã de comerciante sobre suspeito

Para amigos e familiares, tristeza e indignação marcam despedida de Hugo, morto de forma brutal na noite de ontem

Lucia Morel e Marcos Rivany | 05/01/2021 15:05
Mãe, indignada, quer que suspeito seja encontrado para pagar pelo crime. (Foto: Paulo Francis)
Mãe, indignada, quer que suspeito seja encontrado para pagar pelo crime. (Foto: Paulo Francis)

Velório do comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos, assassinado na noite de ontem pelo próprio funcionário, ocorre esta tarde em meio à comoção e muitas lágrimas de amigos e familiares. O enterro será às 15h30 e para a irmã da vítima, Aparecida Gonçalves, 19, o autor é “lobo em pele de cordeiro”.

Isso porque Maikon Lucas Matias, 22 anos, suspeito do crime, foi acolhido por Hugo na conveniência, há cerca de cinco meses. Segundo a mãe da vítima, Cecília Gonçalves, 49, o filho queria ajudar o rapaz, que havia se separado da esposa. “Foi muita crueldade o que ele fez”, disse Aparecida.

Hugo deixa esposa e uma filha de três anos de idade. (Foto: Redes Sociais)

Amigo de infância do comerciante, Anderson Ramos, 29, disse que Hugo “tinha tudo pra dar errado, mas deu certo”, lembrando que o amigo “veio da favela e se tornou o que era”, bem-sucedido, comerciante e pai de família. 

Indignado e abatido, Anderson disse ainda que Hugo “fez a parte dele”, ajudando o suspeito do crime, mas que “só gente boa. Gente ruim não morre”, lembrando que viu o autor do crime por duas vezes, quando foi à conveniência do amigo, a última, dia 19 de dezembro. “Quando você olha pra pessoa você já sente que não presta”.

Dono do local que Hugo alugava para ser a conveniência, que preferiu não se identificar, falou que jamais imaginou que o isso pudesse acontecer. "A gente tinha o Hugo como um cara família. Eu conhecia ele há 5 anos. Minha esposa conhecia ele desde criança. O Hugo se resume em duas palavras: A humildade e o respeito".

Muitas pessoas participaram da cerimônia de despedida. (Foto: Paulo Francis)

Sobre o autor, ele disse que também jamais imaginou que “o cara” pudesse matar o Hugo. "Era uma pessoa que vivia com a gente, uma índole alegre. A forma com Hugo morreu foi horrível", lamentou.

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