Capital

Lixo acumula até em pontilhão movimentado da Ernesto Geisel

Moradores da região reclamam de situação em uma das alças desativadas

Paula Maciulevicius Brasil e Laiane Paixão | 05/10/2020 14:35
Lixo toma conta de vegetação do viaduto da Salgado Filho (Foto: Marcos Maluf)
Lixo toma conta de vegetação do viaduto da Salgado Filho (Foto: Marcos Maluf)

Uma cena que chama a atenção dos motoristas que passam pelo pontilhão da Avenida Salgado Filho é do lixo acumulado do lado esquerdo, numa das alças desativadas que ligava à Avenida Ernesto Geisel. 

Quem passa por ali sempre, diz que a sujeira não é de hoje e que a área tem juntado cada vez mais lixo. Seu Nilson Souza tem 74 anos e faz daquele trajeto seu caminho para ir ao mercado. 

Lixo já está ali há um tempo e cada vez maior, diz seu Nilson. (Foto: Marcos Maluf)

"É uma falta de respeito, as pessoas chegam e jogam lixo numa região que tem coleta e numa área alheia, seja pública ou privada, ninguém tem esse direito", observa. 

O lixo é o reflexo de outra questão que o Campo Grande News percebeu no local. O antigo bar, hoje desativado, na esquina da Rua Santa Adélia com a Avenida Ernesto Geisel, se tornou ao longo dos anos, um ponto de morada de usuários de drogas, e seriam eles os responsáveis pelo lixo jogado. 

Resto de marmita, roupas, garrafas de corotes, é o que resume o lixo da área. A equipe conversou com o dono do lava-jato, também na Rua Santa Adélia, que pediu para não ser identificado por medo de represálias. 

Lixo seria descartado por moradores e rua e usuários de drogas que invadiram um bar desativado na região. (Foto: Marcos Maluf)

"Desde que foi invadida a área do bar, que há dois anos a gente tenta vender, e moradores de rua entraram, o pessoal vem doar comida e eles jogam as marmitas ali no fundo, roupas", conta.

Ele relata que já tentou conversar e até pedir a saída, que chega a acontecer por um dia, mas na manhã seguinte o local volta a ser invadido. "A gente evita tratar mal essas pessoas com medo de represálias, já aconteceu briga aqui eles tacaram fogo no meu banheiro", explica. 

O lixo também mostra fiação queimada, fruto de furtos na região. "Tudo que eles encontram, levam. E sempre falo para eles não jogarem lixo ali, mas à noite não tem como fiscalizar, e é neste horário que eles jogam e ainda tacam fogo para queimar os fios e eles pegarem o cobre", completa.

Nos siga no