Capital

Laudo sobre morte de empresário por policial deve ficar pronto em 10 dias

Previsão é da Delegacia-Geral da Polícia Civil. Trabalho de simulação durou mais de três horas, no centro da Capital

Richelieu de Carlo | 11/01/2017 09:42
Policial, que participa da reconstituição com colete à prova de balas, dá a versão sobre o crime aos investigadores, delegados e peritos (Foto: Marcos Ermínio)
Policial, que participa da reconstituição com colete à prova de balas, dá a versão sobre o crime aos investigadores, delegados e peritos (Foto: Marcos Ermínio)

O laudo da reconstituição do assassinato a tiros do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, deve ficar pronto em dez dias, segundo o delegado Wellington de Oliveira, da DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil), que acompanhou a simulação, na manhã desta quarta-feira (11).

Este é o prazo legal para a conclusão e entrega do laudo, de acordo com o delegado Wellington, que esteve no local como representante da DGCP para "garantir que todos os procedimentos investigatórios fossem realizados de acordo os procedimentos legais".

A reconstituição, que começou por volta das 05h desta quarta-feira (11), durou pouco mais de três horas. Dois trechos da Avenida Ernesto Geisel, na região Central de Campo Grande, foram interditados. Durante a reprodução de crime, Ricardo Moon manteve a versão de que matou em legítima defesa.

Calmo a maior parte dos trabalhos, 'Coreia', como é conhecido, manteve a versão dada de que atirou em direção à caminhonete Hilux do empresário por pensar que ele o atropelaria. A informação é de investigadores que participaram da reconstituição.

O policial repetiu e demonstrou aos peritos e delegados do 1° DP que seguia para a rodoviária em sua MitisubishiPajero prata quando suspeitou das vítimas pela forma com que dirigiam e resolveu abordá-las após ter sido fechado.

Com uma réplica de pistola, o mesmo modelo da sua arma de trabalho usada no crime, ele mostrou aos peritos a maneira, local e distância de onde efetuou os sete disparos. Cinco deles atingiram Nascimento, que morreu no local.

'Coreia', indiciado por homicídio, usou colete à prova de balas e passou a maior parte do tempo conversando com os delegados presentes. Por pelo menos duas vezes, no cruzamento da avenida com a Rua 26 de Agosto, contrariou o depoimento de Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e o filho dele de 17 anos, amigos do empresário que seguiam na caminhonete no dia do crime. Em uma delas, reforçou que se identificou como policial todo o tempo.

A delegada Daniela Kades, responsável pela investigação, não falou com a imprensa. A circunstância e andamento das investigações serão divulgadas em coletiva de imprensa agendada para às 8h30 do dia 17 deste mês.

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