Capital

Laudo confirma que cadela morreu por intoxicação causada por petisco

A cadela que ingeriu o petisco morreu após ficar vários dias internada

Viviane Oliveira | 20/10/2022 12:11
Caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Foto: arquivo / Campo Grande News) 
Caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Foto: arquivo / Campo Grande News) 

Laudo emitido pelo IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), da Coordenadoria-Geral de Perícias, na última segunda-feira (17), confirmou que a causa da morte da cadela da raça Spitz foi intoxicação causada pelo petisco da Dental Care, da empresa Bassar Pet Food. 

Conforme o laudo, amostras de substância revelaram a presença de etilenoglicol, um diálcool largamente utilizado como anticongelante automotivo. “Na sua forma pura é um composto inodoro, incolor, xaroposo líquido com um sabor doce, é nocivo e sua ingestão deve ser considerada uma emergência médica”. 

Ainda segundo o documento, a intoxicação por etilenoglicol, solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática, podendo inclusive levar à morte, quando consumido. "Uma vez ingerido, é rapidamente absorvido pelo estômago e metabolizado no fígado". 

Chloe, como era chamada, morreu no dia 5 de setembro, após passar dias internada. Ela ingeriu o petisco dia 29 de julho, depois disso ficou “mole”, segundo o boletim de ocorrência. No dia seguinte, o animal vomitou algumas vezes e em seguida a tutora, de 51 anos, a levou para o veterinário, onde morreu.

Na delegacia a dona do pet contou à polícia que fazia parte de um grupo de whatsapp de donas de cachorro que havia perdido o animal por conta do mesmo petisco que a Chloe comeu e, por isso, decidiu registrar o boletim de ocorrência.

Na ocasião em que os caso veio à tona, a Bassar Pet Food informou que havia interrompido a produção dos petiscos. Segundo a empresa, exames preliminares realizados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontam indícios de que o propilenoglicol, insumo usado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para pessoas e animais, adquirido de um de seus fornecedores, estaria contaminado.

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