Capital

Ladrões fazem arrastão de hidrômetros em bairros de Campo Grande

Paula Maciulevicius e Nadyenka Castro | 26/01/2012 17:29

Hoje o Campo Grande News voltou ao cenário dos crimes e encontrou parte dos hidrômetros em um saco de lixo no matagal em frente a uma das famílias vítimas, na rua Maracantins, no Tijuca

Moradora diz que já desconfiava pelo barulho durante a madrugada, ela foi uma das vítimas de furto. (Foto: João Garrigó)
Moradora diz que já desconfiava pelo barulho durante a madrugada, ela foi uma das vítimas de furto. (Foto: João Garrigó)

A madrugada de terça para quarta-feira foi de furtos na região dos bairros Tijuca, Caiobá e Aquários, em Campo Grande. A Polícia registrou oito boletins de ocorrências, mas vizinhança afirma que ao menos 30 hidrômetros teriam sido levados.

Hoje o Campo Grande News voltou ao cenário dos crimes e encontrou parte dos hidrômetros em um saco de lixo. A equipe localizou a embalagem dentro de um pneu em um matagal em frente a uma das famílias vítimas, na rua Maracantins, no Tijuca.

A vizinhança acionou a Polícia, que já havia feito varredura no entorno ontem e não tinha localizado nenhum dos itens furtados.

Para o casal Jeremias Bitencourt Godoi, 44 anos e a esposa Regina Marcondes Godoi, 30 anos, a desconfiança veio ainda na madrugada, quando Jeremias foi ao banheiro, deu descarga e a água não voltou para encher a caixa.

Moradores do bairro há 7 anos, os relatos são de que nunca havia acontecido nada assim, mas como tudo, tem sempre a primeira vez. “Aí a gente já ficou desconfiado e de manhã acordamos e vimos que não estava mais lá”, disseram.

Vizinhança acionou a Polícia que já havia feito uma varredura na região e hoje localizou os itens furtados. (Foto: João Garrigó)

Os furtos aconteceram também na rua Diogo Álvares. Em um só terreno com várias casas, três delas tiveram os hidrômetros levados na mesma madrugada, de quarta-feira.

A dona de casa Marli da Silva, 45 anos, contou que o marido sempre acorda cedo e sai para ver se o medidor ainda está lá, por receio de furtos. Na manhã de ontem, quando saiu para ver, o hidrômetro já não estava mais lá.

“A gente já desconfiava, ouvimos o barulho de madrugada”, diz.

Por sorte, ainda restou um pouco de água que deu para as necessidades da manhã. Mas a normalidade na rede só voltou às 10h.

O jeito foi o improviso tanto na casa de dona Marli como dos demais moradores que pediram água para os vizinhos na hora de fazer o almoço.

Depois do episódio, todos os medidores foram trocados e as famílias reforçaram na segurança. (Foto: João Garrigó)

“Eu arrumei um jeito de escovar os dentes, não ia ficar sem”, relata preocupada a estudante Gabriele Aparecida Moreno, 11 anos.

Ela ainda completa “eles devem ter passado a madrugada toda só fazendo isso”.

Os medidores que foram levados estavam sem proteção, apenas com o cavalete. Depois dos furtos todos eles estão trocados e as famílias deram um jeito de dar mais segurança ao objeto.

Alguns embutiram na parede com cadeado ou anexo a uma mureta e com grade em cima.

O delegado responsável pelo caso, Valmir Moura Fé, afirmou que esses novos medidores não tem mais cobre e ainda assim eles continuam no alvo. “Eles acham que tem e acabam furtando”.

Nos siga no