Capital

Ladrão aproveitou que avó foi olhar comida para fazer crianças reféns

Guilherme Henri e Julia Kaifanny | 09/11/2016 09:15
Rua do bairro Colibri onde crianças foram feitas reféns (Foto: Marina Pacheco)
Rua do bairro Colibri onde crianças foram feitas reféns (Foto: Marina Pacheco)

A avó das crianças de 11 e 9 anos feitas reféns em um assalto na noite de ontem (8), no Jardim Colibri disse que se ausentou da casa por cinco minutos para olhar a comida, que estava no fogo, em sua residência, localizada na frente da casa em que o crime aconteceu.

“Quando saí eu deixei a casa fechada. Minha neta, de 11 anos, estava dormindo e o seu irmão brincava com um tablet. O bandido deve ter entrado pela porta dos fundos, que possuí uma repartição de vidro e é possível colocar a mão e destrancar”, diz a mulher de 59 anos.

Para a mãe de 31 anos e terá a identidade preservada, a menina contou que o ladrão rendeu primeiro seu irmão que estava acordado, o amarrou com uma toalha e depois foi sua vez. “Ela disse que o bandido estava muito calmo e se armou com uma faca da própria casa. O ladrão dizia para que os meus filhos ficassem calmos, porém nosso cachorro latia muito e por isso ele chegou a pedir que minha filha o mandasse parar de latir ou ele seria morto”, conta.

O ladrão estava muito sujo, pegou uma mochila da casa e roubou um som, o tablet que estava com o menino, secador e vários cosméticos. “Ele pegou a chave e saiu pela porta da frente bem calmo. Quando notou que o bandido tinha deixado a casa minha filha pegou o telefone e ligou para sua avó materna, que de imediato mandou meu irmão até minha casa”, detalha.

O tio foi informado pelas crianças sobre as características do assaltante e de motocicleta circulou pelo bairro conseguindo encontrar o bandido. Porém, o homem conseguiu fugir e deixou para trás o secador, som e o tablet. “Acredito que ele estava passando pela rua e viu a oportunidade, pois próximo a minha casa existe um poste queimado, o que deixa a rua muito escura de noite”, comenta.

Ainda segundo a mãe, o que fica agora é a insegurança. “Nunca pensamos que essas coisas podem acontecer com a gente. Estamos até pensando em colocar cerca elétrica na casa”, desabafa.

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