Justiça volta a negar liberdade para acusado por morte em disputa de racha
Acusado por morte em disputa de racha, Anderson de Souza Moreno voltou a ter pedido de liberdade negado. Ele está preso desde 14 de março.
Em abril, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não aceitou pedido de habeas corpus porque o procedimento correto seria o pedido de liberdade provisória ao magistrado que decretou a prisão.
Na última semana, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, indeferiu o pedido, alegando a garantia da ordem púbica e efetiva aplicação da lei penal.
Anderson é acusado de praticar disputa de racha que resultou na morte de Mayana de Almeida Duarte, de 23 anos. O acidente de trânsito aconteceu na madrugada de 14 de junho de 2010, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua José Antônio, em Campo Grande. Anderson teve prisão decretada no dia 2 de março e ficou foragido por doze dias.
A prisão foi decretada porque Anderson, que teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) cassada em virtude do acidente com morte, foi flagrado dirigindo e na contramão no último dia 13 de fevereiro.
Willian Jhony de Souza também é réu no processo pelo acidente. Investigação da Polícia Civil e denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) indicam que Anderson e William disputavam racha. Anderson dirigia o Vectra à frente do Fiat Uno conduzido por Willian.
O Vectra bateu no Celta, conduzido por Mayana. A jovem ficou em estado grave e morreu 12 dias depois no hospital. Testemunhas disseram que o Uno e o Vectra estavam em alta velocidade. Conforme a denúncia, Anderson “furou” o sinal vermelho e estava a 110 km/h.
A justiça mandou os dois acusados a júri popular, mas o procedimento foi suspenso após a defesa recorrer ao TJ. O objetivo é que a acusação passe de homicídio doloso (com intenção de matar) para homicídio culposo (sem intenção).