Capital

Justiça nega pedido de prisão contra capoeirista investigado por estuprar alunos

Amigos e familiares de jovem que denunciou professor farão manifestação amanhã

Clayton Neves | 03/11/2021 16:00
Uma das vítimas que denunciou o professor foi encontrado na reserva do CRAS. (Foto: Marcos Maluf)
Uma das vítimas que denunciou o professor foi encontrado na reserva do CRAS. (Foto: Marcos Maluf)

A Vara da Infância e Juventude de Campo Grande negou pedido de prisão preventiva feito contra mestre de capoeira, denunciado por pelo menos quatro alunos em investigação de estupro de vulnerável. A solicitação para que o professor fosse preso foi feita pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), responsável pela apuração dos casos, no entanto, foi indeferida pela Justiça na semana passada. 

As denúncias vieram à tona no ano passado, quando dois adolescentes de 14 e 16 e um jovem de 22, procuraram a Depca para relatar os abusos. A identidade do capoeirista não foi divulgada e o caso seguiu sob sigilo. Apesar dos depoimentos, o mestre de capoeira seguiu em liberdade. 

Uma das vítimas do suspeito foi o jovem Raul Bartzik, de 18 anos, encontrado morto no dia 2 do mês passado sob uma ponte da reserva ambiental do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). A principal suspeita é de que ela tenha tirado a própria vida. 

Em 2020, Raul revelou que sofria abusos sexuais do professor e coordenou um protesto contra o instrutor ao lado de outros colegas. Após a morte do jovem, três outras vítimas denunciaram o investigado, que mais uma vez, se viu livre da prisão porque o Justiça entendeu que não foram apontados indícios que justificassem a prisão preventiva. 

Amanhã (4), ato pacífico  para cobrar Justiça e a prisão do capoeirista está marcado para acontecer às 14h, em frente ao Fórum da Capital, na Rua da Paz. A manifestação foi organizada por amigos e familiares de Raul.

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