Capital

Justiça nega pedido de liberdade provisória de advogada presa

Evelyn Souza | 31/05/2013 12:06
Advogada está presa em regime domiciliar. (Foto: Reprodução/Facebook)
Advogada está presa em regime domiciliar. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Justiça negou pedido de liberdade provisória da advogada Daniela Dall Bello Rondão, presa durante Operação "Blecaute", por envolvimento em facção criminosa que agia dentro e fora dos presídios. 

A liminar foi negada na última quarta-feira (29), pelo desembargador Ruy Celso Florence. Agora a defesa da advogada disse que pretende aguardar o julgamento do habeas corpus, que deve sair em 30 dias.

Por enquanto, Daniela Dall Bello continua presa em regime domiciliar e está em casa, onde mora com a família, no bairro Leblon em Campo Grande. Daniela Dall Bello só pode sair da residência para comparecer a delegacia ou em juízo.

A prisão domiciliar foi concedida no dia 26 deste mês, depois de um habeas corpus, solicitado pela Defesa e Assistência às Prerrogativas dos Advogados, da OAB/ MS. O pedido foi concedido porque todo advogado tem direito a prisão em sala de Estado Maior, o que não existe em Mato Grosso do Sul. Nesses casos, jurisprudência diz que o acusado deve responder em prisão domiciliar. A advogada estava presa no presídio Irmã Irma Zorzi, na Capital, onde ficou menos de 48 horas. 

 

Formada em direito, há seis meses pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Daniela Dall Bello Rondã, foi presa durante operação “Blecaute”, deflagrada na sexta-feira (24). Ela é acusada de ter ligações com uma facção criminosa que agia dentro e fora dos presídios e seria a peça chave da quadrilha, trocando informações com presos e membros do PCC.

A operação “Blecaute”,foi deflagrada pelo GAECO(Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Polícia Militar e a AGEPEN (Agência Penitenciária Estadual), em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Nova Andradina e Corumbá.

Os resultados das investigações, que levaram três meses, apontaram que pelo menos 54 pessoas participavam ativamente da facção criminosa no Estado. Ao todo, o PCC possui 328 membros em Mato Grosso do Sul.

Seis pessoas foram presas em Campo Grande, entre elas, a advogada Daniela DalBello. A maior parte dos envolvidos agia entre as grades, determinando ataques contra agentes penitenciários e policiais militares. Dez presos apontados como líderes do esquema, foram transferidos do presídio da Máxima para o Presídio Federal. Outros 28 estão no presídio HarryAmorim Costa, em Dourados.

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