Capital

Justiça absolve professor acusado de estuprar menino de 11 anos em escola

Francisco Júnior | 22/05/2012 10:22
Professor sendo escoltado por policiais em uma das audiências sobre o caso. (Foto: Francisco Júnior)
Professor sendo escoltado por policiais em uma das audiências sobre o caso. (Foto: Francisco Júnior)

O professor da Reme (Rede Municipal de Ensino) acusado de estuprar um aluno de 11 anos em 2010 foi absolvido da acusação em primeira instância. A juíza responsável pelo caso, que corre em segredo de justiça, entendeu que não há provas suficientes contra o docente.

O processo foi julgado no dia 14 de março deste ano. O acusado já foi solto e retomou as aulas na escola onde é concursado.

De acordo Ricardo Trad, advogado do professor, a acusação não apresentou com evidências consistentes que provam que seu cliente cometeu o crime. “A juíza o considerou inocente pela total falta de provas. Tanto é que o Ministério Público não recorreu da decisão”, afirmou o advogado.

Segundo Trad, “a vítima entrou em contradição várias vezes sobre o ocorrido”. “Nós conseguimos provas robustas de que o garoto sofria bullyng na escola”, acrescentou.

O advogado Mário Sérgio Rosa, assistente de acusação, entrou com recurso no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a decisão judicial.

Para o advogado, a juíza não levou em consideração o depoimento da vítima. “A vítima tem laudos que comprovam que foi estuprada pelo professor”.

O recurso será julgado pelos desembargadores do TJMS.

Na época em que caso ganhou repercussão, em fevereiro do ano passado, a Polícia divulgou que os abusos sexuais aconteceram mais de uma vez e que havia provas substanciais.

A ocorrência foi investiga pela DPCA (Delegacia Especialidade de Proteção à Criança e ao Adolescente). No dia 10 de setembro, data que a vítima informou que foi abusada pelo professor, testemunhas disseram que o menino saiu mais tarde que as outras da sala de aula.

Em depoimento, o garoto relatou que, após as aulas, era obrigado a fazer sexo oral no professor e que era ameaçado com revólveres e facas.

A família passou a notar mudanças no comportamento do estudante, que chegou até tentar suicídio.

O professor sempre negou acusação.

Em uma das audiências do caso, que aconteceu em junho do ano passado, a mãe da vítima relatou que o filho estava passando por tratamento psicológico e chegou a levar os medicamentos usados pelo menino.

Segundo ela, o filho foi diagnosticado com pânico pós-traumático e hoje precisa tomar remédios controlados. “Um menino lindo, sadio e educado. Hoje vive a base de remédios controlados”, lamentou ela na ocasião.

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