Capital

Julgamento de juiz fica para maio, após desembargador voltar das férias

O Ministério Público denuncia fraude em precatórios milionários, lavagem de dinheiro e irregularidades em processos de inventários

Aline dos Santos | 04/02/2021 09:12
Tribunal de Justiça começou ontem julgamento do juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Junior. (Foto: Reprodução)
Tribunal de Justiça começou ontem julgamento do juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Junior. (Foto: Reprodução)

Com dois desembargadores se declarando suspeitos, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) abriu na tarde de ontem (dia 3) o julgamento do juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Júnior. Contudo, pedido de vistas do desembargador João Maria Lós adiou a análise do Órgão Especial para 5 de maio.  Ou seja, só será pautado duas sessões depois de ele voltar das férias.

A discussão começou pelo processo de corrupção passiva. O magistrado também será julgado por peculato e uma segunda denúncia de corrupção. A ação tramita em segredo de Justiça. Primeiro, a transmissão do TJ no Youtube teve o som desativado.

 Depois, a imagem também foi retirada. Segundo extrato do julgamento divulgado pelo tribunal, o desembargador Claudionor Miguel Duarte sugeriu a reunião das três ações penais para julgamento em conjunto, mas a proposta foi rejeitada pelo relator Luiz Gonzaga Mendes Marques (relator) e Marcelo Rasslan.   

A união das ações foi pedida pela defesa sob a justificativa de que as três denúncias se comunicam, a chamada conexão fático-probatória. Diante da questão de ordem, Lós pediu vista por duas sessões ordinárias após o retorno de suas férias. Desta forma, ficou agendado para 5 de maio.

Declararam-se suspeitos os desembargadores Paschoal Carmello Leandro e Ruy Celso Barbosa Florence. As denúncias da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) são por fraude em precatórios milionários, lavagem de dinheiro e irregularidades em processos de inventários.

Num dos espólios, um dos herdeiros, que também foi denunciado pelo Ministério Público, revela que fez pagamento de R$ 100 mil por uma decisão favorável.  O juiz está afastado do cargo desde novembro de 2018 e, conforme o Portal da Transparência do TJMS, recebeu créditos de R$ 72.431 na folha de dezembro de 2020.

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