Capital

Juiz revoga prisão de envolvidos em confusão com PM e suspende ação

Nadyenka Castro | 23/03/2012 18:00

Processo foi suspenso por 30 dias para exame de insanidade mental no policial acusado de balear 5

Residência onde as cinco pessoas foram baleadas pelo policial. (Foto: Simão Nogueira)
Residência onde as cinco pessoas foram baleadas pelo policial. (Foto: Simão Nogueira)

Estão revogadas as prisões preventivas de Márcio Pereira Soares e Mailson Pereira Meaurio, acusados de tentativa de homicídio contra o policial militar Samuel Araújo Lima, na madrugada do dia 1º de janeiro, em Campo Grande. Após a briga, Samuel entrou na casa da família Meaurio e baleou cinco pessoas.

Com a decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Márcio foi solto e Mailson não é mais considerado foragido.

O magistrado justificou a revogação das prisões alegando que o policial, também réu no processo, já está em liberdade. “ Considerando que (...) Samuel foi beneficiado com a liberdade provisória por HC (...) e que em tais circunstâncias, não justifica manter a prisão de Márcio e Mailson, porquanto estes estão sendo acusados de fatos bem menos graves, aliás o pai de Mailson foi assassinado sem, a princípio, nada ter a ver com os fatos que ocorreram fora de sua residência”.

O magistrado continua. “Considerando que este Juízo procura, dentro do possível, sempre dar o mesmo tratamento aos acusados no mesmo processo, portanto não é justo que eles fiquem presos, enquanto Samuel fica na condição de solto. Considerando que não mais estão presentes os requisitos da prisão preventiva de Márcio e Mailson”.

Insanidade- Além de revogar as prisões, o juiz suspendeu a ação penal por 30 dias para realização de exame de insanidade mental no policial militar. O exame será feito a pedido da defesa, que, conforme despacho do magistrado “(...)juntou documentos médicos neste sentido”.

O MPE (Ministério Público Estadual) deu parecer favorável ao pedido. O exame será feito pelo psiquiatra Antonio Carlos Garcia de Queiroz.

A defesa de Samuel tem cinco dias para elaborar os quesitos ao médico, e, depois, a acusação terá o mesmo prazo.

Após a realização do exame, o médico terá 10 dias para apresentar o laudo.

Testemunhas - Nessa quinta-feira foram ouvidas 11 testemunhas de acusação. Dentre elas, as quatro pessoas que sobreviveram aos ferimentos causados pelos tiros disparados pelo policial.

Samuel envolveu-se em confusão primeiramente com Mailson e depois Márcio. Alguns minutos depois ele invadiu a casa da família Meaurio e atirou, ferindo quatro pessoas e matando uma.

A irmã de Samuel, uma policial civil, também é réu no processo. Ela é acusada de disparo de arma de fogo. Tiros que foram dados no intervalo entre o fim da briga e a invasão na casa. A policial foi autuada em flagrante, pagou fiança e está em liberdade.

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