Capital

Juiz mandou tirar página do “rolezinho” porque foi criada por fake

Edivaldo Bitencourt | 25/01/2014 10:55

O juiz da 13ª Vara Cível de Campo Grande, Fábio Possik Salamene, determinou a retirada da página do “Rolezinho no Shopping Campo Grande” porque a responsável é um fake, perfil falso. Este foi o principal argumento que levou a Justiça a obrigar o Facebook a eliminar a página da rede social.

O pedido do Shopping Campo Grande foi feito na segunda-feira e a liminar foi deferida na quinta-feira (23). O magistrado deu prazo de 24 horas para retirada da página do ar.

Ele entende que o perfil Maria Combativa, responsável pela organização do “rolezinho” para protestar contra a discriminação, é um perfil falso. O centro comercial argumentou que tentou entrar em contato com a autora da página, mas a mulher não foi encontrada.

“Neste passo, como se vislumbra às f. 130 dos autos, a indigitada página do Facebook, informa apenas ter sido hospedada por "Maria Combativa", sem outras informações acerca do responsável por ela, exceto pelo seu suposto codinome”, destaca Salamene.

“Cuida-se, aparentemente, de um perfil criado de modo a impedir a identificação do usuário, que se vale do anonimato para engendrar manifestação que, igualmente, culminaria com a obstaculização da fruição do espaço comercial pelos demais consumidores”, frisou.

No entanto, o evento criado no Facebook tinha mais de 11 mil convites e 1.270 pessoas tinham confirmado presença na manifestação amanhã, a partir das 16h20, no Shopping Campo Grande.

Além da retirada da página do Facebook, a Justiça concedeu outras duas liminares a pedido do Shopping Campo Grande. Na primeira, o juiz da 4ª Vara Cível, José Rubens Senefonte, concede o interdito proibitório e suspende o evento de amanhã. Ele até mandou a colocação de 10 oficiais de Justiça e reforço policial para notificar todos os participantes do movimento, que podem ser multado em R$ 1 mil por dia.

Já o juiz da Vara de Infância, Juventude e do Idoso, Roberto Ferreira, negou o pedido de liminar para proibir a entrada de crianças e adolescentes no centro comercial, mas também determinou o reforço no policiamento do shopping.

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