Capital

Juiz manda marcar júri de “Mistério”, chefe do PCC que ordenou decapitação

Eder de Barros Vieira, 39 anos, é réu por mandar executar Sandro Lucas, o “Alemãozinho”, aos 24 anos

Anahi Zurutuza | 18/08/2021 15:08
Eder de Barros Vieira, preso por ordenar execução de "Alemãozinho". (Foto: Reprodução das redes sociais)
Eder de Barros Vieira, preso por ordenar execução de "Alemãozinho". (Foto: Reprodução das redes sociais)

Superadas as tentativas das defesas de livrar clientes do júri popular, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, mandou marcar o julgamento de Eder de Barros Vieira, 39 anos, o “Mistério”, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), nas ruas de Campo Grande, e outros quatro integrantes da facção criminosa, pela execução de Sandro Lucas de Oliveira, o “Alemãozinho”, aos 24 anos. 

O primeiro é acusado dar a “sentença de morte” para o jovem, que dizia pertencer ao Comando Vermelho, organização criminosa carioca rival à que teve origem em São Paulo.

Também sentará no banco dos réus Sidnei Jesus Rerostuk, de 28 anos, acusado de ser o executor do assassinato. “Capetinha”, como é conhecido, admite em áudio coletado na investigação ter cortado a cabeça da vítima por ordem do “chefe” – no caso, “Mistério”. 

Sidnei foi peça-chave na investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio). A prisão dele, no dia 28 de julho do ano passado, levou a polícia ao local onde Sandro Lucas, que estava há 233 dias desaparecido, foi enterrado.

Ainda vão a júri outros três. Rafael Aquino de Queiroz, o “Professor”, Adson Vitor da Silva Faria, o “Ladrão de Almas”, e Eliezer Nunes Romero, o “Maldade”, são réus por envolvimento no “tribunal do crime”, como são chamados os julgamentos sumários perpetrados pelas organizações criminosas. 

Sandro Lucas, o "Alemãozinho", desapareceu em dezembro de 2019 e os restos mortais só foram achados em julho de 2020. (Foto: Reprodução das redes sociais)


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