Capital

Juiz determina quebra de sigilo telefônico de policial que matou a esposa

Nadyenka Castro | 29/03/2011 08:20

Ligações dela também serão analisadas

Policial (de azul) confessou que matou a ex-mulher. (Foto: João Garrigó)
Policial (de azul) confessou que matou a ex-mulher. (Foto: João Garrigó)

Para ajudar a esclarecer o assassinato da agente de saúde Luciana Chaves Farias, de 35 anos, ocorrido no dia 30 de janeiro deste ano, em Campo Grande, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou a quebra de sigilo telefônico dela e também do autor do crime, o policial militar Paulo Cezar Lucas.

Conforme ofício do magistrado encaminhado à operadora de telefonia móvel serão analisadas as ligações feitas e recebidas por ambos nos dias 29 e 30 de janeiro.

Um ponto a ser esclarecido seria o motivo que levou Luciana a sair de casa e ir até a kitinet onde Paulo Cezar estava morando. Há informações de que a vítima teria recebido a ligação de uma amante do policial e teria ido tirar satisfação.

O policial matou a esposa a tiro. Eles estavam separados havia duas semanas e ele dormia em uma kitinet no bairro Coophavila quando o crime aconteceu.

O militar alegou que ouviu a porta ser arrombada e uma pessoa entrando. Pensando ser um ladrão ele atirou na ex-esposa, que chegou a ser socorrida, mas morreu antes de receber atendimento médico.

Perícia constatou que a porta havia sido danificada pelo lado de dentro e que havia uma poça de sangue, e não rastro.

Foi verificado ainda que Luciana tinha um hematoma na testa e dois causados por arma de fogo. “A princípio, pensamos ser um buraco para entrada do projétil e o outro da saída. Mas há possibilidade de ter sido dois disparos”, declarou o delegado Higo Arakaki em depoimento à Justiça no dia 24 de março. Ele esteve no local do homicídio.

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