Capital

Jovem que era acorrentado volta para casa, mas continua sem tratamento

Segundo a mãe, o rapaz foi encontrado por volta das 18h de sábado, numa área de mata, no Cojunto Residencial Mata do Jacinto

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 27/07/2020 10:57
Sob efeito de medicamento, o rapaz disse que quer ser internado numa clinica de reabilitação para se livrar das drogas(Foto: Kisie Aionã)
Sob efeito de medicamento, o rapaz disse que quer ser internado numa clinica de reabilitação para se livrar das drogas(Foto: Kisie Aionã)

Jovem de 23 anos, que fugiu na última sexta-feira (24) do posto de saúde do Bairro Nova Bahia depois de ser “resgatado” da residência onde mora com a família no Bairro Bosque da Esperança, na última quinta-feira (23), foi encontrado pelos familiares. Em casa, o jovem que sofre de esquizofrenia continua sem tratamento psiquiátrico. 

A equipe de reportagem esteve na manhã desta segunda-feira (27) na residência da família. Sob efeito de medicação, o rapaz saiu na porta da sala e disse que usa droga desde os 17 anos e quer ser internado para tratamento numa clínica de reabilitação. Além da dependência química, ele é paciente psiquiátrico. Sobre ter ficado acorrentado, o jovem relatou que a mãe o amarrou para ajudá-lo. "Ela fez isso para eu não usar droga". 

A mãe dele, de 48 anos, contou que o filho foi encontrado por volta das 18h de sábado (25) numa área de mata, na região do Conjunto Residencial Mata do Jacinto, na saída para Cuiabá. A mulher conta que foi uma amiga que passou pelo local, avistou o jovem e ligou informando. “Ele estava sujo, desorientado, sem comer e enfiado no mato. Foi um alívio ter encontrado ele”, contou. 

Caso - O jovem conseguiu fugir da unidade de saúde após ser levado para tratamento no local. Ele havia sido encontrado acorrentado em uma cama, na residência onde mora com a família, na última quinta-feira (23). Na ocasião, os pais do jovem afirmaram ter tomado a atitude extrema para impedir que o filho saísse de casa para usar entorpecentes, situação que seria comum no dia a dia da família. 

Mesmo separados, os pais do jovem dividem o mesmo terreno, morando em casas diferentes. Natural de Alagoas, o casal se mudou para Campo Grande há 8 anos, em busca de condições melhores para criar o filho.  O casal trabalha como carroceiros, juntando entulho, catando recicláveis pra criar esse menino e hoje viver uma vida dessas é triste”, argumenta.

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