Jovem matou pintor para defender mãe de agressões

Ele foi apresentado hoje na 2ª Delegacia, que conclui inquérito

A 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande concluiu hoje o inquérito sobre o assassinato do pintor Croi José Nunes, de 36 anos. O enteado dele, Jeferson da Paixão, de 19 anos, foi indiciado por homicídio doloso cuja motivação foi defender a mãe das agressões do padrasto. O crime ocorreu no dia 15 de janeiro no bairro Manoel Taveira, em Campo Grande.

Conforme apurado pela Polícia Civil, a vítima teve um relacionamento com a mãe de Jeferson por cerca de cinco anos, mas os dois haviam se separado porque o pintor era dependente químico e violento com a mulher.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fábio Sampaio, a mulher mandou Croi sair de casa e mesmo assim ele retornava constantemente ao local, a ameaçando e agredindo na tentativa de forçá-la a reatar o relacionamento.

No dia do crime, ele havia ido até a casa da ex e novamente agredido. Como ela não aceitou, ele foi embora. Algum tempo depois Jeferson chegou em casa e soube pela mãe do ocorrido.

Junto com um adolescente, ele foi à casa de Croi e discutiu com ele. Depois, deu dois golpes de canivete que o atingiram no abdômen e tórax. No local do crime estava também a mulher com quem Croi tinha um relacionamento, apesar de insistir no retorno com a ex.

O garoto que o acompanhava ficou na calçada e não participou do assassinato, conforme a Polícia.

Depois do assassinato, o rapaz fugiu, mas teve cumprido o mandado de prisão temporária na última sexta-feira. Com o fim do inquérito, ele teve a prisão transformada em preventiva, e permanece sob custódia até o julgamento.

Jeferson permanece na 2ª Delegacia de Polícia.