Capital

Jovem diz ter sido espancado por vários seguranças em boate da Capital

João Humberto | 01/01/2011 21:55

Um jovem de 20 anos entrou em contato com o Campo Grande News para informar que na madrugada deste sábado, por volta das 4h, foi agredido por vários seguranças na Boate Move, localizada próximo à Feira Central, na Capital.

De acordo com ocorrência registrada pelo rapaz na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, ele estava no local na companhia de quatro amigos. A vítima e outro amigo decidiram fumar cigarro no recinto, quando foram abordados por um segurança.

Conforme informado pelo jovem, o segurança não pediu que ele parasse de fumar e deu um tapa no cigarro para que caísse, só que o tapa acabou acertando o rosto do rapaz. Ele informou que questionou o segurança sobre o motivo que teria o levado a dar um tapa contra seu rosto e acrescentou que não sabia que era proibido fumar no local em que estava com o amigo.

O rapaz mostra sinais de espancamento sofrido em boate localizada perto da Feira Central. (Fotos: Divulgação).
O rapaz mostra sinais de espancamento sofrido em boate localizada perto da Feira Central. (Fotos: Divulgação).

O segurança passou a agredir a vítima, conforme relatado na ocorrência, segurando-a pela camisa e perguntando se o jovem queria ir para fora do local. Depois disso o segurança desferiu um soco no rosto do rapaz, que tentou se defender, mas não conseguiu.

Em depoimento à Depac, o jovem assegurou que depois outros seguranças começaram a agredi-lo com socos, colocando-o para fora do local.

Outra versão - Ainda de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Depac, o coordenador geral e representante da empresa Apollo Segurança, responsável pela segurança na boate, compareceu à delegacia e relatou que a vítima já tinha sido avisada outras vezes pelos seguranças de que não podia fumar no lugar.

O coordenador da empresa de segurança relatou que somente após a insistência dos funcionários é que o rapaz resolveu apagar o cigarro. No entanto, um segurança comunicou que o jovem estava alterado, pelo fato de ter ingerido bebidas alcoólicas, e novamente acendeu o cigarro.

Desta vez, de acordo com o segurança, o rapaz se recusou a apagar o cigarro, sendo advertido por ele com um empurrão. Outro segurança, percebendo a movimentação, disse que se aproximou do colega de trabalho e da vítima a fim de prestar ajuda.

Conforme essa versão, os dois seguranças levaram o rapaz até a área reservada para fumantes, que teria os agredido verbalmente com diversos xingamentos. Os seguranças alegam que foi gerada aglomeração no local e por isso decidiram retirar a vítima para fora da boate, momento em que o jovem desferiu um tapa no rosto do primeiro segurança que o abordou, conforme informações obtidas via boletim de ocorrência.

A partir daí, os seguranças e a vítima começaram a se agredir, fato que só foi controlado quando o rapaz foi retirado da boate. Todo o ocorrido foi presenciado pelo coordenador da boate, segundo consta na ocorrência. A vítima, porém, diz que ele só chegou depois.

Os seguranças envolvidos no fato não foram apresentados à Depac, pelo menos até o término do registro da ocorrência. Já o representante da empresa de segurança foi à delegacia e apresentou os nomes e telefones das pessoas envolvidas, além de ter dito que um de seus funcionários ficou lesionado.

A vítima manifestou o interesse de representar criminalmente em desfavor dos dois seguranças que o espancaram.

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