Capital

Jovem assassinado na Vila Nasser era usuário de drogas, segundo familiares

Luciana Brazil | 28/04/2012 10:48
Em frente à residência  era possível ver a mancha de sangue. (Foto:Pedro Peralta)
Em frente à residência era possível ver a mancha de sangue. (Foto:Pedro Peralta)

Erinaldo Molina Rodrigues, 25 anos, morto com cinco tiros na noite de sexta-feira (27), trabalhava como pedreiro e já havia sido internado em uma clínica de reabilitação para usuários de droga, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Erinaldo morava na Vila Nasser, com um primo, conhecido como Kiki, a cerca de cinco meses. Segundo a irmã de Kiki, que preferiu não se identificar, Erinaldo ficou quase cinco anos internado em uma clínica de reabilitação em Dourados. “Ele já estava 100% recuperado. Já estava dando palestras para os outros internos”, disse.

Após um desentendimento com a companheira, há alguns anos, Erinaldo retornou a Campo Grande e há dois anos voltou a usar drogas. O crime aconteceu no mesmo dia em que a vítima e Kiki causaram problemas na vizinhança. Eles chegaram a ser encaminhados pela PM (Polícia Militar) à Polícia Civil na tarde de sexta-feira, devido às brigas em que se envolveram. Eles foram vistos à noite andando pela rua, embriagados.

“Eles ficaram o dia inteiro (sexta-feira) arrumando encrenca com todo mundo que passava na rua. Eles xingaram todo mundo, à noite inteira. Beberam e usaram droga”, contou a prima de Erinaldo.

Segundo testemunhas, por volta 23h30, um rapaz teria chamado Kiki na porta de casa, mas quem atendeu foi Erinaldo. Houve discussão e a vítima levou cinco tiros, um deles no peito, do lado esquerdo. “Meu irmão está assustado. Quem mais arranjava encrenca era o meu irmão, o Erinaldo é da turma do ‘deixa disso’”, frisou a mulher.

Os vizinhos, que não quiseram se identificar, estão assustados e traumatizados com a violência. “Aqui é uma rua calma e nunca aconteceu nada desse tipo por aqui”, disse a moradora. “Aqui só mora gente do bem. Eles fizeram um grande alvoroço ontem (sexta-feira) e nós ficamos assustados, mas não imaginávamos que isso poderia acontecer. Eles davam problema de vez em quando”, contou outra moradora.

A vítima tinha passagem por assalto à mão armada e já havia levado um tiro no pescoço. A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por vingança.

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