Capital

Jamil Name está intubado em hospital de Mossoró com covid-19

Réu na operação Omertà, ele foi levado primeiro para UPA e depois a instituição particular

Marta Ferreira | 02/06/2021 20:04
Jamil Name com uniforme do presídio federal de Mossoró, durante audiência de processo. (Foto: Reprodução de vídeo em processo))
Jamil Name com uniforme do presídio federal de Mossoró, durante audiência de processo. (Foto: Reprodução de vídeo em processo))

Na prisão desde setembro de 2019, Jamil Name, 82 anos, está internado em hospital de Mossoró (RN), depois de testar positivo para covid-19. A defesa do réu na operação Omertà por chefiar organização criminosa divulgou nota informado que ele está intubado em razão da gravidade de seu estado.

Segundo o texto, na tarde do dia 31, segunda-feira, a administração da penitenciária  na qual Jamil Name está desde outubro de 2019, onde há equipe médica, solicitou a compra de antibiótico para o detento, via e-mail, além de pedir informação sobre a existência ou não de plano de saúde pessoal.

Na mesma data, por volta de 17h30 do horário de Brasília, segundo informado, foi dada a confirmação de que Jamil Name havia testado positivo para covid-19.

“Considerando a gravidade dos fatos, em razão da idade (82 anos) e diversas comorbidades (hipertensão, diabetes e outras) e não existindo atendimento médico adequado na Unidade Prisional a própria administração penitenciária encaminhou Jamil Name com urgência para uma UPA, onde chegou em estado crítico, com baixa saturação de oxigênio no sangue, precisando fazer uso imediato de oxigênio”, segue a nota.

Conforme descrito, logo foi requisitada vaga em UTI. Como não havia disponibilidade em hospitais públicos, Name foi levado para instituição privada. Isso levou 4 horas, conforme o comunicado da defesa.

Diante da situação, afirma o defensor Tiago Bunning, foi feito novo pedido de habeas corpus ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedindo autorização para o réu ser transferido a unidade de referência para covid-19 e ainda a concessão da prisão domiciliar. Ainda não houve resposta.

"O Estado pode tirar a liberdade de um sujeito, mas não pode tirar a dignidade e a vida de qualquer pessoa", afirmou o advogado ao Campo Grande News sobre a situação do cliente. 

"Disseram que JAMIL não estava debilitado. Disseram que a Penitenciária tinha condição de atender suas comorbidades. Disseram que não havia covid-19 no presídio de Mossoró. Alguns, inclusive disseram que Jamil estaria mais protegido (isolado) no presídio do que em sua residência. Eu sempre discordei. O que está acontecendo é uma tragédia anunciada que tento evitar há 15 meses. Lutei incansavelmente usando todas as medidas jurídicas cabíveis para isso não acontecesse", declarou o criminalista.

Jamil Name foi vacinado com as duas doses contra o novo coronavírus. 

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