Capital

Investigação sobre morte de dono de jornal vai analisar mensagens no Facebook

Viviane Oliveira | 22/11/2012 16:27
Veja na integra a postagem do dono de jornal no Facebook. (Foto: reprodução Facebook)
Veja na integra a postagem do dono de jornal no Facebook. (Foto: reprodução Facebook)

A Polícia Civil vai analisar o conteúdo das postagens que vinham sendo feitas nas redes sociais pelo dono de jornal e policial militar aposentado Eduardo Carvalho, 51 anos, executado em frente de casa na noite de ontem (21). Em uma das postagens, na terça-feira, ele dizia “estar preparado para o que der e vier” e que iria “trazer à tona muita coisa nesse final de ano”.

“Agora alguém vai querer dizer que eu sou louco, e outras baboseiras do gênero, só que hoje as coisas mudaram literalmente de figura, e o baú tá cheio de “novidade’, cada uma escabrosa que a outra” (sic), diz outro trecho.

“Chegou a hora de virar a mesa” e “muita coisa será colocada para fora”, avisa na mensagem. Mais à frente, Carvalhinho, como era conhecido, escreveu que “agora falar a verdade e mostrar sujeira de vagabundo é comigo mesmo e vou trazer à tona, muita coisa nesse final de ano” (sic).

De acordo com o delegado substituto da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), Marcos Takeshita, a Polícia agora vai ouvir depoimentos de familiares, funcionários do jornal e analisar o conteúdo das mensagens que ele postava no Facebook. “No decorrer das investigações tudo isso será analisado”, disse.

Eduardo Carvalho já havia sofrido um atentado há dois anos. Segundo a Polícia, a esposa de Eduardo relatou que ele não sofria ameaças, mas que já tinha alertado o marido por diversas vezes, que tomasse cuidado por conta da vida profissional dele.

As principais testemunhas são o vigilante e a mulher de Eduardo, que estava dentro da casa, mas ao ouvir os disparos foi até a rua e viu a dupla na motocicleta quando eles voltaram para pegar o cartucho da pistola.45, usada na execução. O Corpo de Eduardo Carvalho será velado na Pax do Brasil, na rua Bandeirantes nº 801, em Campo Grande.

Carvalho foi executado em frente de casa. (Foto: Nyelder Rodrigues)

Crime - Eduardo havia acabado de chegar em casa com a esposa, que dirigia um Ford Fusion e desceu para guardar a motocicleta que estava estacionada na rua, enquanto a mulher prendia os cachorros dentro de casa.

Segundo a esposa de Carvalho, neste momento ele foi atingido a tiros por um homem que seguia na garupa da motocicleta, conduzido por outro homem. Ao ouvir os disparos, ela voltou para a rua e encontrou o marido já caído no chão.

Relatos indicam que houve entre três e cinco disparos. No corpo, haviam quatro perfurações. Os tiros atingiram o umbigo, um no quadril direito e outro abaixo da axila que transfixou e saiu do outro lado.

Carvalho estava com uma pistola registrada, calibre 380 que a mulher pegou e ainda tentou atirar quando a motocicleta passou novamente. Como a arma não disparou, a dupla fugiu em direção à Via Parque. De acordo com a Polícia, a dupla voltou para buscar o cartucho da pistola que deixou cair no momento do crime.

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