Capital

Investigação indica que padrasto matou sozinho menina de 1 ano

Paula Maciulevicius | 21/01/2013 12:37
Ao ver uma fotografia dos ferimentos da criança, o vizinho contou aos familiares de Marlene que a menina não estava daquele jeito quando a mãe saiu.
Ao ver uma fotografia dos ferimentos da criança, o vizinho contou aos familiares de Marlene que a menina não estava daquele jeito quando a mãe saiu.

Todos os depoimentos prestados até esta segunda-feira confirmam que a mãe da menina Kemely Romeiro Rocha, 1 ano, morta por maus tratos na madrugada da última sexta, não estava em casa quando aconteceram as agressões.

A delegada que investiga o caso, Regina Márcia Rodrigues diz que os relatos de vizinhos e familiares confirmam a versão da mãe, Marlene Romeiro Rocha, 37 anos, de que ela deixou a criança com o padrasto, Francisco Gomes de Carvalho Filho e saiu para trazer leite.

“Todos os depoimentos levam a crer e foram precisos do horário em que ela saiu. A filha e uma amiga confirmam que ela estava na casa delas e o padrasto mesmo alega que a mãe chegou 30 minutos depois da queda”, explica a delegada.

Nesta manhã a Polícia ouvia a tia da criança, que foi quem socorreu junto com Marlene, o bebê na noite de quinta-feira. Para a Polícia, a tia conta que conversou com vizinhos e que o homem que morava no mesmo terreno contou que Marlene deu um banho na criança e saiu para buscar leite. Outro vizinho também relatou que viu quando a mãe chegou com leite.

Ao ver uma fotografia dos ferimentos da criança, o vizinho contou aos familiares de Marlene que a menina não estava daquele jeito quando a mãe saiu. “Ele disse que ela estava bem e que Marlene arrumou e colocou xuxinhas no cabelo”, acrescenta a delegada. A tia confirma a versão dada pela mãe, de que saiu por volta das 19h30 para pegar leite na casa da filha, a poucas quadras de onde a criança ficou com o padrasto e que assim que voltou, viu a criança no chão e imediatamente pediu socorro.

Polícia diz que todos os depoimentos prestados confirmam que a mãe da menina não estava em casa quando aconteceram as agressões. (Foto: Luciano Muta)

Apesar de todos os depoimentos indicarem que Marlene não estava em casa no momento das agressões, ela continua presa como suspeita. Ela está presa desde a madrugada de sexta, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

O padrasto, Francisco, foi preso e está na Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos) desde a tarde de sexta-feira como o principal suspeito das agressões que resultaram na morte da criança. Ele que inicialmente prestou depoimento como testemunha, se tornou suspeito por ter ficado sozinho com a criança por um longo período sem a presença da mãe.

A família decidiu por não fazer velório e o corpo de Kemely foi sepultado no cemitério do Cruzeiro no sábado. No mesmo dia, a casa onde a menina vivia com a mãe e o padrasto foi incendiada.

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