Capital

Inseguros com aumento de sequestros, motorista admitem furar sinal

Filipe Prado | 01/11/2014 11:23
Edson admite que fura o sinal, já que se sente inseguro (Foto: Marcos Ermínio)
Edson admite que fura o sinal, já que se sente inseguro (Foto: Marcos Ermínio)

O número de sequestros e cárceres privados em 2014 na Capital, com 11 casos, é a maior desde 2010, quando foram 13 ocorrências. Amedrontados com o aumento, os motoristas admitem que “quebram as regras” e preferem passar o sinal vermelho, após às 22h, para evitar a violência.

De acordo com dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), de 1º de janeiro a 27 de outubro deste ano, foram registrados 11 casos, contra dez, três e dez, no mesmo período de 2013, 2012 e 2011, respectivamente. Em todo Mato Grosso do Sul são 35 casos em 2014, 35 em 2013, 35 em 2012, 29 em 2011 e 37 em 2010.

O pastor Edson Santos, 40 anos, afirma que está entre os motoristas que “furam” o sinal depois das 22h. “Nós temos que tomar cuidado e passar, porque está acontecendo muitos crimes”, comentou.

Ele disse que só espera o sinal abrir caso haja olho vivo (que multa o avanço de sinal), para tentar evitar multas, porém não concorda com penalidade após às 22h. “Ficamos muitos inseguros parados este horário, principalmente quando um motociclista para do nosso lado”, admitiu o pastor.

 

A professora Graziele, não se sente insegura na Capital e alertou para a grande quantidade de acidentes (Foto: Marcos Ermínio)

Campo Grande ainda não tem as mesmas proporções de grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, e é considerada “pacata” por muitos, como o recepcionista Celso Moreira, 54, mas ele admitiu que cuidados são exigidos.

“Campo Grande está começando a ficar complicado neste sentido. Dependendo do horário, nós temos que furar o sinal, mas com cuidado”, revelou Celso. Ele alegou que o número de acidentes ainda é bem maior, mas é “sempre bom tomar cuidado”.

Já a professora Graziela Sene de Melo, 35, afirmou que não se sente insegura na Capital, por isso não precisa “furar” o sinal vermelho durante a madrugada. Ela, assim como Celso, alertou os motoristas para a imprudência no trânsito.

“Não sinto essa insegurança aqui. O que me preocupa é a frequência de acidentes que acontecem na Afonso Pena, por que mora lá, principalmente nos finais de semana. Ainda não consigo ver tamanha violência”, concluiu a professora.

Nos siga no