Capital

Insatisfeitos com vetos, moradores cobram asfalto na 1º sessão na Câmara

Reivindicação foram feitas ao prefeito Marquinhos Trad, que explicou não ter recursos para cobrir as demandas

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 03/02/2020 11:43
Marquinhos conversou com manifestantes sobre motivo dos vetos às emendas (Foto: Henrique Kawaminami)
Marquinhos conversou com manifestantes sobre motivo dos vetos às emendas (Foto: Henrique Kawaminami)

A primeira sessão do ano na Câmara Municipal de Campo Grande começou com protesto de moradores dos bairros Porto Galo e Joana D´Arc, insatisfeitos com os vetos na LOA (Lei Orçamentária Anual) aos serviços de asfaltamento.

Os moradores levaram cartazes com os dizeres “Promessas não, obras sim” e “Vereadores, derrubem o veto” que eram levantados durante os discursos dos parlamentares.

O prefeito Marquinhos Trad participou da sessão que abre os trabalhos e explicou que a cidade têm mais de 8 mil quilômetros quadrados, três mil deles sem asfalto e que há dificuldade de conseguir captar recursos do governo federal.

“Os recursos saíram a conta-gotas, e só pelo trabalho dos três senadores, oito deputados e o governador”, disse o prefeito. O prefeito explicou que se não tivesse vetado, não teria dinheiro para cumprir o previsto nas 239 emendas, 1/3 delas, pedindo asfaltamento. “Se fosse atender esses pedidos, seriam R$ 144 milhões [obras] e a prefeitura não têm esse dinheiro”, disse.

Marquinhos pediu  para que os moradores formassem comissão para reunião com ele, o que acabou sendo realizado no fim da sessão, ainda na Câmara Municipal. Também disse que se propõe a levar dois ou três deles a Brasília em busca de recursos.

Além de falar da dificuldade de captação de recursos, o prefeito apontou a inadimplência de 40% dos contribuintes com o pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e, mesmo com o desfalque, precisa arcar com merenda, material escolar e asfaltamento em frente às escolas. “Hoje tem 111 mil crianças na Reme e metade dos pais dessas crianças não pagam IPTU”.

Marquinhos elencou, ainda, o gasto com folha de pagamento de R$ 115 a R$ 123 milhões, enquanto a arrecadação mensal é de R$ 130 a R$ 140 millhões/mês.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada com 94 emendas parlamentares, de 330 apresentadas, com receita em R$ 4,3 bilhões no município de Campo Grande para 2020. O montante é 7,3% superior a LOA de 2019. 

Faixas eram levantadas durante discurso dos vereadores e do prefeito (Foto: Fernanda Palheta)
Nos siga no