Capital

Infraero fará ponte de embarque que não exige novo andar em aeroporto

Ricardo Campos Jr. | 08/05/2015 15:36
Com ponte de embarque térrea, passageiros não precisam enfrentar condições do tempo para embarcar ou desembarcar das aeronaves (Foto: divulgação / Infraero)
Com ponte de embarque térrea, passageiros não precisam enfrentar condições do tempo para embarcar ou desembarcar das aeronaves (Foto: divulgação / Infraero)
Sistema ELO por dentro (Foto: divulgação / Infraero)

Enquanto o MPE (Ministério Público Estadual) coloca em xeque as estruturas de acessibilidade no Aeroporto de Campo Grande, a Infraero estuda resolver o problema de uma vez por todas com a implantação do sistema ELO na Capital. O dispositivo é semelhante a uma ponte de embarque, mas é instalado no chão, totalmente coberto e conta com elevador para dar suporte aos cadeirantes.

A empresa aeroportuuária decidiu tomar a medida após um acidente durante um acidente com um cadeirante durante embarque em agosto do ano passado. Além de dar maior mobilidade às pessoas com alguma dificuldade de locomoção, o novo sistema dará maior conforto aos passageiros no acesso aos aviões.

Uma norma de 2013 da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divide a responsabilidade no atendimento aos deficientes entre as operadoras dos aeródromos e as companhias aéreas.

Em fevereiro, a Sociedade em Prol da Acessibilidade, Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida protocolou uma reclamação na 67ª Promotoria da Capital dizendo que muitas vezes os funcionários das companhias carregam cadeiras de roda nas mãos no embarque e desembarque.

A Infraero informou que ainda não há previsão da implantação do sistema ELO e tampouco os custos do dispositivo, que já está em funcionamento em Palmas, por exemplo.

Outro lado – O Campo Grande News entrou em contato com todas as empresas que operam na Capital para saber quais são os equipamentos que atualmente estão disponíveis para atender portadores de necessidades especiais.

A Gol diz que tem dois equipamentos para atender esse público na cidade. Um deles é o Stair Track, em que o passageiro é colocado sobre uma poltrona adaptada que sobe automaticamente a escadaria até a aeronave. Outro é o liftkar, que funciona de forma semelhante, mas é acoplado à cadeira de rodas. A companhia afirma ainda que nos últimos quatro investiu aproximadamente R$ 1,5 milhão em iniciativas de inclusão e acessibilidade.

Já a Azul informa que adquiriu uma cadeira elétrica que sobe e desce automaticamente as escadas da aeronave. Para utilizar do recurso, o cliente deve informar a condição de cadeirante e, ao chegar no aeroporto para o embarque, o equipamento já estará pronto para atendê-lo. Se ele estiver desembarcando, o aeroporto de origem informa a presença deste cliente a bordo para que os funcionários em terra deixem o dispositivo preparado.

A TAM informou que segue a resolução da Anac sobre a acessibilidade de passageiros com deficiência, mas não detalhou quais equipamentos disponíveis na cidade para atender portadores de necessidades.

Já a Passaredo informa que usa o ambulift quando ele é disponibilizado pelo aeroporto. No caso de cidades sem o dispositivo, como a Campo Grande, a companhia tem uma cadeira adaptada para colocar os deficientes nas aeronaves.

A Amaszonas afirma que usa aeronaves do tipo CRJ-200, de menor porte, mais baixas e com escada embutida na porta. Por conta disso, os próprios funcionários embarcam as cadeiras de rodas com as mãos por ser mais prático.

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