Capital

Idoso em estado grave passa sete horas em UPA esperando vaga no HR

Alan Diógenes | 04/03/2014 18:53
Família não conseguiu vaga na UTI de hospitais e idoso ficou internado na UPA Universitário. (Foto: Cleber Gellio)
Família não conseguiu vaga na UTI de hospitais e idoso ficou internado na UPA Universitário. (Foto: Cleber Gellio)

A família de um idoso que sofreu um AVC (Acidente Cardiovascular) passou por sete horas de desespero tentando interná-lo em algum hospital que tivesse UTI na manhã desta terça-feira (04). Os filhos de José Pereira, 76 anos, não conseguiram encontrar vaga nos hospitais de Campo Grande e o senhor acabou sendo internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.

José Pereira possui vários problemas de saúde, inclusive já teve três infartos e fez uma cirurgia de ponte de safena. Na manhã mesmo com a gravidade do caso, ele foi encaminhado às presas pela viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel à Urgência) para internação na UPA ao invés de ser internado no hospital como deveria.

O filho do idoso, o autônomo Antônio Pereira, 42 anos, informou que teve que recorrer a Defensoria Pública da Capital para conseguir uma vaga na UTI de algum hospital. A defensora pública que não teve o nome identificado por Antônio orientou os familiares que para conseguir a vaga eles teriam que apresentar um laudo médico que atestasse a urgência do caso.

Antônio disse que um médico da UPA onde seu pai estava internado se recusou a dar o documento. O fato foi comunicado à defensora que estava auxiliando a família, mas a mesma comentou que não poderia mais fazer nada pelo idoso.

Após sete horas internado na UPA, o idoso conseguir ser transferido para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Antônio acredita que foi um milagre que aconteceu, por que até agora ele não sabe ao certo como foi que conseguiu a transferência do pai.

“A família já estava desesperada por que meu pai estava quase morrendo já. No ultimo segundo, conseguimos a transferência. Até agora não sei ao certo como conseguimos, mas acredito que um advogado da família ajudou para que conseguíssemos a vaga”, concluiu Antônio.

 

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