Capital

Hospital Regional abre sindicância para apurar morte de bebê com Hemofilia

Alan Diógenes | 18/03/2015 14:41

O Hospital Regional abriu sindicância para apurar o caso do bebê de 9 meses que morreu no centro de saúde, após dar entrada em estado crítico de Hemofilia. Na manhã desta quarta-feira (18) a família da criança registrou um boletim de ocorrência e recorreu à Associação de Vítimas de Erros Médicos do Estado alegando ter havido negligência por parte da equipe médica do HR, que atendeu o paciente.

Conforme a assessoria de comunicação do HR, o objetivo da sindicância é verificar a conduta dos profissionais durante o atendimento médico prestado ao bebê. Uma equipe interna da administração vai fazer um levantamento desde a entrada do bebê no hospital até sua saída, já em óbito. Os enfermeiros e os pais da criança serão ouvidos.

O Hospital Regional afirma que tomou todas medidas necessárias durante o atendimento para salvar a vida da criança. Quanto aos hematomas que apareceram no corpo do bebê, a assessoria informa que “é comum que pacientes com Hemofilia apresentem hematomas, ainda mais neste caso em que a criança tinha apenas 9 meses. Mas tudo vai ser analisado dentro da sindicância instaurada nesta quarta-feira”.

Conforme o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos do Estado, Valdemar Morais de Souza, a família alega que a criança deu entrada no hospital sem hematomas e estava bem. “Os pais disseram que durante o atendimento médico, vários enfermeiros tentaram fazer a incisão do soro e foram dadas ao todo nove agulhadas no bebê, duas delas no pescoço, inclusive, e que isso teria causado hematomas que contribuíram para o óbito”, explicou.

Os advogados da entidade, de acordo com o presidente, darão assistência à família de Luiz Gustavo, além de psicólogos. Ainda entraram em contato com o Conselho Regional de Medicina, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e MPE (Ministério Público Estadual) para cobrar explicações. “É inadmissível terem tantos erros médicos que levam óbito em todo o Estado”.

Os pais da criança foram hoje (18) até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga registrar um boletim de ocorrência para exigir investigar o caso. O objetivo é que os funcionários do hospital que fizeram o atendimento do bebê sejam chamados para prestar depoimento.

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