Homem que matou outro com 32 facadas tenta prisão domiciliar
Ele está na cadeia há três meses e quer ir para casa porque está com câncer
Na cadeia há três meses deste ano quando matou Neuzo Mendonça Pereira com 32 facadas, José da Silva Conceição tenta prisão domiciliar. Ele teve o primeiro pedido negado.
José da Silva e o filho, Wagner Dorneles da Silva, foram presos em flagrante no dia 8 de julho deste ano, logo após o assassinato.
Pai e filho foram até a casa do padrasto de Neuzo e o agrediram com socos e pontapés. A mãe também foi agredida. Por causa violência, marido e mulher foram encaminhados em estado grave para a Santa Casa.
Revoltado com a situação, Neuzo foi até a residência de José e como não encontrou ele nem o filho, depredou o local. Depois disso, ambos foram atrás de Neuzo e, armados com duas facas médias e um canivete, cometeram o crime.
Antes de ser morto, Neuzo ainda tentou atirar em pai e filho, mas os disparos não saíram. Os dois então o mataram a facadas e depois atiraram.
O motivo do crime seria o relacionamento amoroso entre um filho de José da Silva e a irmã de Neuzo, uma adolescente.
Nessa terça-feira, cinco pessoas foram ouvidas pela Justiça sobre o caso. O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, negou prisão domiciliar a José da Silva.
O juiz explicou que, de acordo com o artigo 318 do Código Penal, a prisão domiciliar, neste caso, só é permitida quando o réu está extremamente debilitado. Assim, determinou que fosse feito um novo laudo para avaliar o estágio em que a doença se encontra.
A próxima audiência está marcada para o dia 8 de novembro, a partir das 13h45. Na data, será feito o interrogatório dos réus e as testemunhas de defesa serão ouvidas.