Capital

Homem que matou mecânico após briga de trânsito vai a júri popular

Nadyenka Castro | 26/11/2011 13:49

Flávio de Assis Alves atirou em Maurício Debortoli no bairro Santo Antônio, em 2009. O juiz Aluízio Pereira dos Santos mandou Flávio e também Ricardo dos Reis Scuria, apontado dono da arma utilizada no crime, a julgamento do Conselho de Sentença

Vai a júri popular Flávio de Assis Alves, 30 anos, que confessou ter matado o mecânico Maurício Debortoli, na época com 36 anos, na madrugada do dia 7 de junho de 2009, no bairro Santo Antônio, em Campo Grande. O crime aconteceu após uma briga de trânsito entre eles.

Conforme sentença de pronúncia do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, também será submetido a julgamento do Conselho de Sentença - formado por sete pessoas - Ricardo dos Reis Scuria, apontado como dono da pistola calibre 380 de onde saiu o tiro que matou Maurício.

Flávio é acusado de homicídio qualificado pelo motivo fútil. A data do júri popular ainda não foi marcada.

O crime ocorreu após leve colisão entre os carros dirigidos por autor e vítima na avenida Tamandaré. Flávio conduzia um Gol e Maurício uma caminhonete L-200.

Na versão de Flávio à Polícia, após o acidente, Maurício o seguiu até o bairro Santo Antônio onde o carro de passeio apresentou problemas mecânicos. Os dois voltaram a discutir e, segundo o autor, a vítima pegou a arma de fogo e em luta com o mesmo, o desarmou e houve o tiro, que conforme Flávio, foi acidental.

Após a morte, Flávio fugiu para Dourados e se apresentou três dias depois, entregando também a pistola. Ele ficou preso, mas, aguarda julgamento em liberdade por determinação do Tribunal de Justiça.

Ricardo Scuria é apontado como dono da arma. De acordo com denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), ele escondeu a pistola no carro de Maurício poucas horas antes do crime.

A defesa de Flávio alega que ele agiu por legítima defesa, já a de Ricardo, contesta que o tiro que atingiu a cabeça de Maurício tenha saído da sua pistola. O primeiro já foi condenado por dirigir embriagado e o segundo não tem antecedentes criminais.

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