Capital

Homem que matou enteado para defender esposa se apresenta à polícia

O crime ocorreu na madrugada do dia 3 deste mês, na Rua Ernesto Antônio, no Loteamento Cristo Redentor, em Campo Grande

Viviane Oliveira | 26/09/2017 12:18
Arma, que segundo o padrasto pertencia ao enteado, foi entregue a polícia (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Arma, que segundo o padrasto pertencia ao enteado, foi entregue a polícia (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Anderson Fernandes Vieira, 43 anos, se apresentou à polícia e entregou a arma usada para matar o enteado Adriano Martins Moreira Primo, 28 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 3 deste mês, na Rua Ernesto Antônio, no Loteamento Cristo Redentor, em Campo Grande. O rapaz foi encontrado com tiro no peito caído na cozinha do imóvel.

A mãe da vítima relatou à polícia que Adriano era dependente químico e na noite do crime a encurralou no quarto querendo dinheiro para comprar entorpecente. Ela conseguiu escapar e se trancar no banheiro, onde ficou por algum tempo, mas ao sair foi atingida por copos arremessados pelo rapaz.

Com medo da situação, a mulher saiu correndo em busca de ajuda. Momento em que foi alcançada pelo seu marido, Anderson, dizendo que havia 'feito uma desgraça'. Em seguida, o homem fugiu. A mulher, então, retornou à residência junto com um irmão e encontrou o filho ferido. O socorro foi acionado, mas Adriano morreu no local.

Segundo a Polícia Civil, em nota divulgada nesta manhã (26), o autor do crime, acompanhado por seu advogado, se apresentou à delegacia e entregou a arma de fogo utilizada no assassinato. Ele disse que o revólver pertencia ao Adriano. Segundo depoimento dele à polícia, no dia do crime o enteado se armou para ir atrás e matar a mãe. Anderson, então, na tentativa de impedir, entrou em luta, momento em que o revólver disparou e atingiu o rapaz.

Várias testemunhas ouvidas pela polícia disseram que Adriano era muito agressivo e desde os 13 anos obrigava a mãe a lhe dar dinheiro para comprar droga. Anderson foi indiciado por homicídio doloso, mas vai responder em liberdade. Agora, a Justiça vai definir se a ação do autor pode ser enquadrada como legitima defesa.

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