Capital

Homem foi esfaqueado antes de incêndio em residência, diz polícia

Viviane Oliveira e Michel Faustino | 04/06/2015 10:38
O quarto, onde começou o fogo, ficou totalmente destruído. (Foto: Pedro Peralta)
O quarto, onde começou o fogo, ficou totalmente destruído. (Foto: Pedro Peralta)

O cuidador de idoso Roberto Carlos Duarte Estigarribia, 49 anos, foi ferido com dois golpes de faca no pescoço antes de morrer carbonizado, de acordo com a Polícia Civil. O crime aconteceu na madrugada de hoje (4), na Rua Brigadeiro Tobias, na Vila Taquarussu, em Campo Grande. O suspeito de ter esfaqueado a vítima, Gabriel Gonçalves Barros de Araújo, 20 anos, foi preso em flagrante.

De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Reginaldo Salomão, o homem foi encontrado morto com duas perfurações no pescoço e carbonizado da cintura para baixo. Dois adolescentes, 15 e 16 anos, suspeitos de dar cobertura para Gabriel foram detidos, ouvidos e liberados.

Conforme Reginaldo, um dos adolescentes mentiu em depoimento dizendo que no momento do incêndio estava junto com Gabriel na Avenida Afonso Pena. Já outro garoto envolvido, forneceu a chave de uma casa vazia para abrigar Gabriel após o crime. No imóvel foram encontradas duas facas, uma com marcas de sangue e a outra tinha sido lavada.

Gabriel chegou a confessar o crime, mas depois negou a autoria. (Foto: Marcos Ermínio)

A dona de casa Tereza dos Santos Pompeo, mãe de Gabriel, contou que o filho vinha se desentendo com a vítima a algum tempo por causa de um hidrômetro, que fica próximo a casa de Rodrigo. Segundo o delegado, Gabriel vendia droga na região e usava o hidrômetro para esconder o entorpecente.

A polícia investiga também a hipótese do crime ter sido por acerto de conta, porque a vítima era usuária de droga e devia R$ 30 para o traficante. “Tudo indica que o Gabriel arrombou a porta da casa, esfaqueou a vítima, colocou fogo na casa e tentou fugir”, diz.

Na residência de Roberto foi localizado um bilhete onde a vítima narrou a briga que teve com Gabriel. Ele deixou escrito que foi ameaçado de morte e colocou o nome de duas testemunhas no papel, que já foram localizadas pela polícia. As causas do incêndio estão sendo apuradas. Segundo o delegado, Gabriel chegou a confessar o crime, mas depois voltou atrás e negou.

Nos siga no