Capital

Homem agredido por policial em hospital reclama de falta de segurança

Acompanhante do pai, a vítima afirma que precisa continuar frequentando o Hospital

Fernanda Palheta | 06/05/2019 13:12
A administração do Hospital São Julião informou a agressão registrada foi uma situação (Foto: Marina Pacheco)
A administração do Hospital São Julião informou a agressão registrada foi uma situação (Foto: Marina Pacheco)

Depois de ser agredido por um homem armado que se identificou como policial civil, no Hospital São Julião, o motorista de ônibus, Rogério de Deus Victório, de 42 anos, reclamou da falta de segurança após a agressão. Rogério é acompanhante do pai, que teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral), precisa continuar frequentando no Hospital e criticou a falta de posicionamento da Instituição.

“Desde a agressão eu não fui procurado por ninguém do Hospital para falar sobre a segurança do loca e eu tenho medo de ficar aqui”, contou ao Campo Grande News.

Segundo ele após a agressão enfermeiros alertaram que o agressor foi visto dando voltas na quadra. “Depois de tudo que aconteceu eu fui a delegacia, registrei o boletim de ocorrência e fui para casa por orientação dos próprios enfermeiros do Hospital, mas eu tenho que ficar e hoje precisei voltar”, completou. O motorista conta que não há previsão para que o pai receba alta.

Conforme o boletim de ocorrência, o agressor invadiu o Hospital e partiu para cima do homem, por achar que ele teria “mexido” com a sua mulher, que é auxiliar de enfermagem na unidade hospitalar. “Eu não conheço ela, sei que é enfermeira e já colheu sangue do meu pai, mas não mexi com ninguém”, explicou.

Ele ainda criticou que o agressor não teve problema para entrar no hospital. “Não teve problema nenhum para entrar e muito menos para sair. Eu só quero justiça, quero que o poder público faça a parte dele”, reclamou.

Hospital São Julião

A administração do Hospital São Julião informou ao Campo Grande News e a agressão registrada na noite deste domingo (5) foi uma situação isolada que não envolveu a Instituição. “É um fato particular, resultado de situações particulares”, apontou o diretor administrativo, Amilton Fernandes Alvarenga.

Questionado sobre a falta de segurança do Hospital, o diretor apontou que situação não representa falha. “Ele entrou pelas vias normais, se identificou dizendo que falaria com a esposa. Só teve acesso porque é companheiro de uma funcionaria, não foi uma pessoa estanha que invadiu”, afirma Alvarenga.

Segundo o Hospital, agora os fatos serão averiguados. “Amanhã vamos ouvir a funcionária, e a partir disso medidos administrativas poderão ser tomadas”, conclui.

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