Hoje, prefeitura não tem estrutura para vacinar em terminais

A estratégia da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de levar doses de vacina contra a covid aos terminais de ônibus e mercados da Capital vai depender do público a ser vacinado. Depois que o calendário incluiu adolescentes, a Prefeitura diz que ainda não tem previsão de quando vai começar a aplicação itinerante com a amplitude divulgada anteriormente.

No final de semana, foram dois locais de vacinação itinerante, nos bairros Dom Antônio Barbosa e Santa Luzia, em duas ONG's. Juntas, a vacinação deste público foi de cerca de 500 pessoas, que para a Sesau é um número expressivo. 

Segundo a pasta, se não houvesse a ação de levar a vacina até estes locais, essas pessoas não iriam se vacinar, sob justificativa da distância dos pontos e de que trabalham. Aos olhos da Sesau, a ida aos locais envolve toda uma comunidade que acaba um chamando o outro para se vacinar.

Apesar de ser vista como bem sucedida essa busca ativa, a Sesau diz que ainda não tem o cronograma dos pontos itinerantes, isso porque com o público de adolescentes ampliado, a procura é grande e a força total precisa ser nos polos, drives e unidades de saúde.

"Quando amplia o público, tem que ter estrutura que vai absorver estes pacientes. A itinerante é quando tem quantidade reduzida de vacinas, que vai em busca daquele mesmo público. Eu não posso abrir um público novo e fazer uma vacinação itinerante", explicou o titular da Sesau, José Mauro Filho. 

O secretário explicou que isso causa "tumulto" e como houve uma chegada de remessa que não era esperada, o calendário vai se manter como está. "Nos polos, drives e unidades para dar vazão, se não causa tumulto", justifica. 

A previsão é de que o calendário das vacinas itinerantes, seja divulgado mais para o meio da semana. "Quando tiver mais tranquilo em relação ao público", completou José Mauro Filho. 

Busca ativa - Com uma quantidade menor de doses, a Sesau explica que consegue remanejar equipes que estejam "ociosas" nos pontos. Para começar a vacinação em terminais e mercados, é preciso estrutura de internet para o cadastro e local de armazenamento das doses.

Quando anunciada, a proposta da Prefeitura é a de percorrer durante as próximas semanas, comunidades de maior vulnerabilidade e locais com grande circulação de pessoas, como terminais de ônibus, praças, feiras, vias públicas e supermercados, fazendo a busca ativa e atendimento da população.

"Nós vamos em busca de todos aqueles que queiram se vacinar. É importante utilizar o acesso que a gente tem e também falar a linguagem dessas pessoas", comentou José Mauro.