Capital

Grupo de artistas protesta contra proibição de venda de artesanato no Centro

Aliny Mary Dias | 27/05/2013 14:40
Protesto já recolheu 500 assinaturas nesta segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)
Protesto já recolheu 500 assinaturas nesta segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)
Praça dos Imigrantes foi alternativa oferecida pela Prefeitura, mas baixo movimento espanta artistas (Foto: Marcos Ermínio)

Um grupo de 15 artistas de rua recolhe assinaturas e realiza um protesto pacífico durante a tarde desta segunda-feira (27) na esquina da Avenida Afonso Pena com a rua 14 de Julho. O grupo que vende artesanatos na região central protesta contra a proibição da Prefeitura e da ação truculenta de guardas municipais que até já recolheram os itens dos artistas.

Segundo um dos manifestantes, Jonas Ferreira Caminha, de 35 anos, o grupo representa 25 famílias que vivem da venda de pulseiras, colares e artesanato nas ruas da Capital. Ele conta que já foram registrados alguns boletins de ocorrência depois de ações da Guarda Municipal.

“A Prefeitura proibiu que a gente venda aqui no Centro e já aconteceu de mercadoria ser apreendia. Quando isso acontece temos que pagar R$ 360 para ter os produtos de volta, às vezes tiramos até do leite das crianças para pagar isso”, desabafa o artista.

De acordo com o grupo, a Prefeitura designou a Praça dos Imigrantes, localizada na Rui Barbosa com a 26 de agosto. O descontentamento dos artistas em relação ao local é a falta de movimento. Segundo eles, inferior ao presente no Centro.

O grupo já colheu cerca de 500 assinaturas e o protesto que também conta com cartazes deve durar toda a segunda-feira. Os artistas pretendem entregar as assinaturas para os vereadores após o recolhimento de um número expressivo.

Além daqueles que vivem da venda de produtos, existem outros que apoiam o movimento e se indignam com a proibição da comercialização. Eduardo Miranda Martins, de 28 anos, é músico e grafiteiro. Ele afirma que a causa é justa e baseada na Constituição Federal. “Tem que ser cumprida a lei de liberdade intelectual e artística”, comenta.

De acordo com os manifestantes, uma reunião com o prefeito Alcides Bernal foi agendada para a próxima semana quando a questão deverá ser debatida.

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