Capital

Grevistas desbloqueiam entrada dos Correios após determinação judicial

Paralisação já contempla 40 municípios

Izabela Sanchez | 21/09/2017 17:00
Greve foi deflagrada na noite de terça-feira (19) (Foto: André Bittar)
Greve foi deflagrada na noite de terça-feira (19) (Foto: André Bittar)

Os Correios ingressaram com pedido na Justiça do Trabalho e o bloqueio em frente ao portão da unidade que concentra distribuição de mercadorias e correspondências foi desfeito pelos grevistas. Os trabalhadores estão em greve desde às 22 horas de terça-feira (19), e reivindicam melhorias para a categoria.

O pedido judicial foi protocolado na 2ª Vara do TRT da 24ª Região (Tribunal Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul). O juiz titular Mario Luiz Bezerra Salgueiro fixou multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão. Conforme a assessoria de imprensa dos Correios, a entrada foi desbloqueada por volta das 16h desta quinta.

Paralisação - A greve já contempla 40 cidades de Mato Grosso do Sul, segundo o Sintect-MS (Sindicato dos trabalhadores dos Correios em Mato Grosso do Sul), um acréscimo de 15 municípios nesta quinta, já que na quarta-feira (20), a paralisação começou com 25 cidades.

“Isso é reflexo do retrocesso que a direção da empresa quer impor. Só falam em cortar e diminuir direitos. Querem excluir dependentes, como pai e mãe, do Plano de Saúde. Querem diminuir o número de tickets-refeição. Querem acabar com o vale-cultura. Quanto à reajuste salarial, a empresa nem toca no assunto. Isso causou profundo mal-estar na categoria", comentou a presidente do sindicato, Elaine Regina Oliveira.

Conforme explicou a dirigente sindical, gerentes e tesoureiros de agências de diversos municípios também cruzam os braços. Entre as reivindicações, os trabalhadores pedem realização de concurso público para contratação e reajuste de 8%.

Além disso, segundo o sindicato, os funcionários tentam chamar atenção para o fechamento de agências. O Sintect afirma que 5 unidades já foram fechadas no Estado, a última em Sidrolândia, a 71 km de Campo Grande. Outra questão, aponta a categoria, é o processo de privatização dos Correios.

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