Capital

Greve faz usuários esperarem por mais de 8h para ter atendimento em postos

Alan Diógenes e Raiza Calixto | 15/05/2015 19:00
Apesar do aviso nas paredes, usuários persistem em ficar para receber atendimento médico. (Foto: Marcelo Calazans)
Apesar do aviso nas paredes, usuários persistem em ficar para receber atendimento médico. (Foto: Marcelo Calazans)
Com dores Geraldo teve aguardar e não ficou satisfeito com atendimento. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradora reclamou da demora no atendimento. (Foto: Marcelo Calazans)

A retomada da greve dos médicos deixou a população surpresa e o caos voltou a se instalar nos postos de saúde de Campo Grande. Em algumas unidades, pacientes esperam até por 8h para receber atendimento médico. O que se vê são filas imensas e usuários revoltados com o serviço prestado.

O pedreiro Geraldo da Silva Gomes, 53 anos, chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário, nesta sexta-feira (15), por volta das 9h, e conseguiu passar pela triagem lá pelas 17h. “Cheguei com dor na coração e minha esposa semana passada passou pela mesma situação. Um absurdo”, resume.

Vilson dos Santos, 51, chegou à unidade de saúde passando mal; havia bebido e sua pressão subiu. Ele ficou três horas esperando por atendimento. “Não consegui ficar esperando e acabei indo embora. Uma falta de respeito total”, comentou.

O vendedor Guilherme Pires, 21, levou a avó Raimunda Pires, 57, que estava passando mal, com febre, pressão alta e não conseguia sentar. Também teve que esperar. “Fui questionar a recepção, mas me disseram que só atenderiam emergências. Minha vô tava quase morrendo”, destacou.

Já no posto de Guanandi o atendimento estava normal. A aposentada Dulce Maria Simões estava acompanhando o marido Manoel Duarte, 57, que tirou um câncer de garganta e bochecha, e até hoje tem que fazer tratamento pós operatório. “Demorou um pouco mais o atendimento, mas foi tudo tranquilo”, salientou.

A dona da lar Ana Carolina, 30, levou o pai Belmiro José, 90. Ele estava com pneumonia, mas foi atendido normalmente. “No mais estava tudo bem. Mas a gente sabe como é difícil achar algo assim”, apontou.

Entramos em contato com o secretário de Saúde Jamal Salém, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta matéria.

Após retomada da greve, postos de saúde começam a ficar lotados. (Foto: Marcelo Calazans)
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