Capital

Funcionários são presos acusados de dar golpe de R$ 450 mil no Atacadão

Viviane Oliveira e Luana Rodrigues | 30/11/2015 09:42
A fraude acontecia durante a entrega de produtos. (Foto: divulgação/Polícia Civil)
A fraude acontecia durante a entrega de produtos. (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Três funcionários, um do setor administrativo e dois motoristas, foram detidos acusados de aplicar golpes em torno de R$ 450 mil no Atacadão da Avenida Coronel Antonino, em Campo Grande. Eurides Lopes de Freitas, 42 anos, que tinha 18 anos de empresa, e os motoristas José Romero de Lima, 41, e Antônio Pereira Sobrinho, 57, vão responder em liberdade pelo crime de furto mediante fraude.

Conforme o delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Reginaldo Salomão, o caso foi registrado no dia 24 deste mês, mas os golpistas atuavam desde janeiro de 2014. Segundo ele, as investigações iniciaram quando a gerência percebeu que estava perdendo a competitividade em relação à venda de alguns produtos, ou seja, a mercadoria era adquirida por um valor superior de mercado.

O golpe funcionava da seguinte forma: o atacadista comprava uma carga de cerveja, que vinha incluso o valor do frete, porém, Eurides em parceria com os dois motoristas, pagava novamente o valor do frete, que ficava com os golpistas.

Isso acontecia com outros produtos também e o grupo faturava por dia em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. “Ele fazia essa operação pelo menos uma vez por dia e uma vez por semana os três se encontravam para fazer a divisão dos valores”, diz o delegado.

Eurides trabalhava no setor administrativo e não tinha autorização para fazer pagamentos, no entanto, ele conseguiu a senha da supervisora para facilitar o golpe sem que ninguém tomasse conhecimento. No total, a polícia conseguiu recuperar R$ 54 mil e um carro Sandero zero quilômetro.

Na casa de Eurides, foram recuperados R$ 4 mil, que estavam embaixo de um colchão e o carro. Na conta de José, foram encontrados R$ 20 mil e na conta de Antônio, cerca de R$ 30 mil.

Os três foram ouvidos no dia 24 de novembro e confessaram o crime à polícia. Antônio relatou que este ano não participou do golpe, porque ficou com medo de ser descoberto. Eurides diz que gastou o dinheiro com viagens. A investigação sobre o caso continua para identificar se houve outro tipo de golpe a partir da senha roubada da supervisora. O trio não tinha passagem pela polícia. 

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