Capital

Funcionários fazem protesto contra fim de parquímetro aos sábados

Com queda na arredação, Flexpark ameaça demitir e equipe resolve pedir volta da cobrança

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 10/03/2018 10:54
Trabalhadores fazem corrente na rua 14 de Julho. (Foto: Leonardo Rocha).
Trabalhadores fazem corrente na rua 14 de Julho. (Foto: Leonardo Rocha).

Pelo menos 40 funcionários e proprietários da Flexpark, que administra as vagas de estacionamento no Centro de Campo Grande, fazem protesto contra o fim da cobrança aos sábados. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e o Procon notificaram a empresa e afirmaram que o funcionamento rotativo pago só é autorizado das 8 às 18 horas, de segunda à sexta-feira, de acordo com o que prevê o contrato de concessão.

Segundo eles, a cobrança da tarifa aos sábados não poderia ocorrer sem que houvesse, em contrapartida, o “reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, com a redução do valor da tarifa”. A partir de hoje (dia 10), então, quem estacionar no centro aos sábados não precisará pagar por isso. Antes, a cobrança ocorria das 7h30 até o meio-dia.

Porém, de acordo com os manifestantes, a extinção da cobrança, mesmo que seja só em meio período de apenas um dia, pode fazer com que ocorra futuras demissões. Além disso, eles afirmam que a falta de controle no sábado prejudicará clientes e comerciantes no centro.

De acordo com a responsável pelo setor de marketing, Bruna Barreto, com a não cobrança da tarifa aos sábados, a arrecadação da empresa vai diminuir e pode prejudicar os trabalhadores. Hoje, são 80 funcionários e o temor é que a equipe seja reduzida.

Ela também argumenta que sábado é o dia de maior procura às lojas do centro, consequentemente com maior concorrência para conseguir as vagas. Outra situação é que os funcionários e os próprios donos das lojas vão acabar estacionando nas ruas e os clientes não terão onde estacionar seus veículos.

Trabalhadores no centro de Campo Grande neste sábado. (Foto: Leonardo Rocha).

Opiniões - Entre os comerciantes e até consumidores, a opinião se divide entre favoráveis e contrários. Suelene Miranda, 45 anos, comerciante, acha que o estacionamento livre aos sábados é positivo.

Já a gerente de uma loja, Lidiana Bernal, 31 anos, afirma que, sem a cobrança, o trânsito vai "virar um caos" ainda maior. Para ambos os lados a situação pode ser ruim, pois, se hoje já ocorrem brigas por causa de vaga, "imagina sem regras".

Para a dona de casa Margarida Amato, o não pagamento em um único dia é bom, já que em cinco dias a tarifa é cobrada. A professa Mirtes Gimenes pensa diferente, afirmando que, sem o estacionamento rotativo, o trânsito vai virar um caos. Além disso, há o risco de funcionários perderem seus trabalhos.

O dono da Metropark Administração, Tiago Nogueira, acompanhou todo o protesto, entregou panfletos explicativos e conversou com os donos de estabelecimentos na região central.

No fim do protesto, os trabalhadores fizeram um cordão com as mãos e fecharam a rua 14 de Julho com a rua Barão do Rio Branco.

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