Capital

Funcionária que cobrou propina do Hospital do Câncer já foi demitida

Zana Zaidan | 18/06/2014 21:15

Presa em flagrante por cobrar R$ 150 mil de propina para liberar R$ 2,6 milhões para o Hospital do Câncer Alfredo Abraão, em Campo Grande, a então funcionária do Ministério da Saúde Roberlaine Patrícia Alves, 28 anos, foi desligada do cargo.

Por meio de nota, a pasta afirma uma comissão interna de investigação vai apurar o caso “para apoiar” as investigações, e que ela atuava na elaboração de pareceres técnicos, mas sem poder decisório sobre a aprovação ou rejeição de projetos e a liberação de recursos.

O documento diz, ainda, que o projeto que pleiteava recursos para o HC foi apresentado ao Ministério da Saúde, mas o seu andamento depende de aprovação também do estado e dos municípios, por meio da CIB (Comissão Intergestores Bipartite), desvinculando o poder de caneta da ex-funcionária.

Até o momento, não houve liberação de recursos federais o projeto, segundo o Ministério, porque o processo de análise técnica não foi concluído.

Em entrevista coletiva na tarde de hoje (18), o diretor-presidente do hospital, Carlos Alberto Coimbra, afirmou que as emendas foram incluídas no orçamento de 2013 e, portanto, os recursos devem ser liberados ainda neste ano.

Caso – Roberlaine foi presa na noite do dia 16, na operação “Lantire”, desencadeada pela Polícia Federal.

Ela está detida na Capital, sem previsão de ser liberada ou transferida. Conforme o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, Edgar Marcon, ela será indiciada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O inquérito será concluído em 15 dias e encaminhado para o Ministério Público Federal, acrescenta Marcon. As investigações devem apontar, ainda, se há outros servidores do Ministério envolvidos no esquema.

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