Capital

Fumaça de incêndios no Pantanal encobre céu em diversos bairros da Capital

Moradores relatam que fumaça alcançou o Centro e os bairros Carandá Bosque, Tijuca e Zé Pereira

Por Mylena Fraiha | 19/11/2023 11:39

Neste domingo (19), Campo Grande amanheceu com uma densa cortina de fumaça cobrindo o céu. Segundo relatos de residentes da Capital, a fumaça alcançou o Centro e várias regiões da cidade. As queimadas têm afetado o Pantanal sul-mato-grossense desde o começo de novembro.

Nas imagens enviadas por leitores do Campo Grande News, é possível ver a densa fumaça cobrindo o céu na Afonso Pena, próximo ao Shopping Campo Grande. Outras imagens mostram o céu nublado na região dos bairros Carandá Bosque e Zé Pereira, que ficam a uma distância de 13,2 km um do outro. 

Morador registra céu nublado no bairro Carandá Bosque (Foto: Direto das Ruas)
Morador registra céu nublado no bairro Carandá Bosque (Foto: Direto das Ruas)

Outro leitor mostrou que a fumaça também pode ser vista na Avenida Gunther Hans, que dá acesso aos bairros Leblon, Coophamat, Tijuca e Coophavila II. 

Morador registra céu nublado na Avenida Gunther Hans (Foto: Direto das Ruas)

Com o aumento das queimadas urbanas e a fumaça vinda do Pantanal, Campo Grande chegou a registrar neste domingo 67 pontos na qualidade do ar, o que é classificado como faixa moderada. O monitoramento é feito e divulgado pela Estação de Monitoramento do Ar, mantida pelo Laboratório de Ciências Atmosféricas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). 

De acordo com o coordenador do projeto QualiAr, professor Widinei Alves Fernandes, a chegada da fumaça oriunda de incêndios florestais é somada a partículas e gases já existentes, fazendo com que a concentração da poluição aumentasse.

O ar da Capital é geralmente bom, com índice de 0 a 40 pontos, segundo o estado. No entanto, o valor subiu com a ida dos gases para a atmosfera nos últimos sete dias.

Incêndios no Pantanal - Nas últimas semanas, o Pantanal sul-mato-grossense enfrenta uma crise ambiental devido aos recentes surtos de incêndios florestais, que já ultrapassam 3 mil focos apenas nas primeiras semanas de novembro, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).O número é cinco vezes maior que a média histórica para o mês.

Conforme noticiado anteriormente, dados do programa BD Queimadas mostram que o fogo está em 70 pontos de Miranda, outros 57 focos em Corumbá e 18 em Aquidauana.

Os municípios estão entre os que mais registraram focos no país. O ranking nacional é liderado pela cidade pantaneira de Mato Grosso, Poconé, que teve 201 focos em 24h. Em seguida vêm Miranda e Corumbá.

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