Capital

“Fogueteiros” de plantão enfrentam filas para as compras de Ano Novo

Paula Maciulevicius | 31/12/2011 14:54
Em frente à loja de fogos, a fila fazia consumidores esperarem até sentados na motocicleta. (Foto: Simão Nogueira)
Em frente à loja de fogos, a fila fazia consumidores esperarem até sentados na motocicleta. (Foto: Simão Nogueira)

Com motivos de sobra para comemorar o ano que se encerra ou apenas para fazer a alegria da criançada com o colorido no céu, “fogueteiros” de plantão formaram filas e filas pelas lojas de fogos de artifícios.

Debaixo de sol ou de chuva eles ficaram lá esperando a vez de levar para casa o símbolo da virada de ano. “Vou incomodar os vizinhos né? Todo ano tem que fazer isso”, brinca o corretor de imóveis Ronan Alaman, 32 anos.

Com as mãos lotadas de fogos, hoje ele estava fazendo a segunda remessa de compras. “Ah, vai pelo Corinthians também. Pelo campeonato desse ano e pela Libertadores do ano que vem”, comenta aos risos.

Mas será que somente os fogos da virada serão suficientes? Ele responde “Vou comprar é a loja toda”.

O atrativo no céu envolve crianças e adultos e na casa de Ronan não pode passar esquecido.

Entre as conversas na fila, os desejos de Feliz Ano Novo e as perguntas “você viu a outra loja lá? Lotada, uma muvuca de gente”, dizia o eletrotécnico Pablo Vieira Covre.

“É praticamente uma peregrinação onde é perto do caminho de casa”, completa.

Os cuidados que não podem ser dispensados - Para as crianças da casa da autônoma Cida Flores, 49 anos, que ficam fascinadas pelas cores, ela leva estalo e vela magnética. Os fogos também estão nas compras, junto com toda a atenção.

“O cuidado é o principal da festa. Estou levando os de cores, mas que não tem barulho. Tudo muito simples e nada que provoque acidentes”, alerta.

E o alerta de Cida é extenso a todos os “fogueteiros” de plantão. O Corpo de Bombeiros orienta para que antes de tudo, as pessoas tomem cuidado na hora de soltá-los. “Fazer afastado, longe das pessoas, nunca na direção delas. E o cuidado também deve ser com a rede elétrica. Às vezes pode bater e voltar atingindo outras pessoas”, explica o diretor de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros, coronel Joaquim Lopes.

Para não começar o primeiro dia de 2012 sendo atendido pela corporação, o coronel fala ainda que a mistura álcool e fogos pode ser o mais perigoso.

“Bebida e fogos são uma combinação explosiva. Se a pessoa estiver alcoolizada, pode não ter equilíbrio, cair e causar um acidente maior ainda”, reforça.

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