Capital

Fiscais do Ibama da Capital são presos em flagrante por corrupção

Nadyenka Castro | 26/05/2011 13:56

Comerciante denunciou os servidores

Dois fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foram presos em flagrante por volta das 9 horas desta quinta-feira, em Campo Grande, por corrupção.

Eles foram flagrados por agentes da PF quando recebiam R$ 5 mil de um comerciante, o qual denunciou os dois servidores públicos ao órgão federal após ambos terem proposto a ele a prática do crime.

Na última terça-feira os dois funcionários públicos estiveram na madeireira do comerciante e ao final da vistoria disseram ao proprietário que havia irregularidades administrativas.

Diante da situação, exigiram do empresário R$ 50 mil para que a autuação não fosse formalizado. O comerciante afirmou que seria muito dinheiro e que necessitaria de um prazo para conseguir o valor solicitado.

O dono da madeireira alegou que não havia nenhuma irregularidade e então denunciou os dois fiscais ao Ibama, cujo superintendente, David Lourenço, acompanhou o empresário até a PF.

Os dois contaram sobre a corrupção passiva e então a PF solicitou autorização junto à Justiça Federal para fazer “Ação Controlada” ( acompanhar entrega de dinheiro utilizando de áudio e vídeo), procedimento que é previsto na legislação.

No local e hora combinado para o acerto, o empresário entregou um envelope contendo R$ 5 mil para um dos fiscais, momento em que a PF prendeu o servidor. Este informou que seu colega que também havia pedido o dinheiro estava próximo aguardando somente uma ligação para ir ao local.

O fiscal então ligou para o colega, que ao chegar no ponto combinado também foi preso. De acordo com a PF, os dois funcionários públicos federais foram autuados em flagrante pelo crime de corrupção passiva, cuja pena prevista é de dois a 12 anos de reclusão e multa.

Segundo a PF, todas as cédulas de R$ 100 apreendidas tiveram o número de série anteriormente registrados pela Polícia Federal..

Os presos foram recolhidos ao setor de Custódia da Polícia Federal e estão à disposição da Justiça Federal.

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